Publicada em 16/05/2024 às 08h20
O Nacional é conhecido como o bairro com uma única entrada e uma única saída. Isso porque, antes de existir a estrada que faz ligação com a Avenida Farquhar, o acesso era unicamente pela Estrada do Belmont, através da Avenida Lauro Sodré. “Por esse caminho, muitos políticos entraram para pedir votos e nunca mais retornaram”, diz Dona Marilsa, uma das moradoras mais antigas.
Situado na zona Norte de Porto Velho, entre o Rio Madeira e os Bairros São Sebastião, Nova Esperança e Costa e Silva, o Bairro Nacional ainda é visto como uma área isolada do restante da cidade - o que lembra o tempo em que era uma grande mata, que atraia caçadores de animais silvestres.
A área foi urbanizada ao longo de um processo de ocupação, por ribeirinhos, famílias sem teto ou em busca de um pedacinho de terra. Assim o bairro foi se formando com diversos problemas Infraestruturais, muitos deles persistem até hoje, por falta da devida atenção do poder público.
“Somos uma comunidade esquecida. Mas essa situação nos levou a nos unir e não ficar esperando de braços cruzados”, disse Arlei, uma das lideranças do bairro. Ele lembra que os problemas com a falta de segurança - principalmente depois que a base policial no bairro foi desativada – foram amenizados com a criação do Conselho de Segurança do Bairro Nacional, uma iniciativa da própria comunidade.
Agora as lideranças se reuniram em torno de um projeto político para essas eleições municipais em Porto Velho. Cansados de se frustrarem com promessas de políticos oportunistas, que não sentem na pele os problemas do bairro, decidiram apresentar um morador como pré-candidato a vereador, o Ledvaldo, mais conhecido na comunidade como Lelê.
Quem é Ledvaldo
Ledvaldo Sousa é policial penal, tem 40 anos, nasceu em Porto Velho, no Bairro Pedrinhas, e reside no Bairro Nacional desde 1986, onde viveu a infância, se tornou homem, constituiu família e venceu na vida. Começou a trabalhar cedo para ajudar na renda familiar, como vendedor de cachorro e de salgados, e foi funcionário do frigorífico JBS.
Com uma visão arrojada e capacidade administrativa, Ledvaldo transformou o negócio familiar numa empresa de sucesso, que hoje atua como exportadora de pescados típicos da Amazônia para outros estados. A sede continua no Bairro Nacional, onde tudo começou, onde estão as raízes de Ledvaldo.
Em 2008, prestou concurso público da Secretaria de Estado de Justiça-SEJUS e tomou posse em 2010, é casado há 16 anos com Adeline, também servidora da SEJUS, com a qual teve dois filhos. É líder comunitário, membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus desde 2005, onde é músico, baterista.
Depois das dificuldades que já passou na vida, suas conquistas e superações, Ledvaldo Sousa hoje é uma inspiração para a comunidade do Bairro Nacional, e também uma esperança.
E muito bom ter pessoas serias voltadas para políticas públicas em prol de comunidades que precisas de ajuda estrutural mediante ao descaso dos nossos gestores públicos .