Publicada em 13/05/2024 às 16h43
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu neste domingo (12) um cessar-fogo "imediato" na Faixa de Gaza, território que o Exército israelense continua bombardeando após sete meses de guerra que, segundo o Hamas, deixaram mais de 35.000 mortos.
Equipes da AFP e testemunhas relataram novos bombardeios israelenses em vários pontos de Gaza, incluindo Rafah, no extremo sul, onde as tropas de Israel preparam uma grande ofensiva terrestre.
Um hospital informou que recebeu 18 corpos nas últimas 24 horas. Além disso, dois médicos, pai e filho, morreram em bombardeios israelenses em Deir al Balah (centro), segundo os serviços de segurança civil do Hamas.
"Reitero o meu apelo, o apelo de todo o mundo para um cessar-fogo humanitário imediato, para a libertação incondicional de todos os reféns e para um aumento imediato da ajuda humanitária", declarou Guterres em discurso em vídeo em uma conferência internacional de doadores no Kuwait.
"Mas um cessar-fogo será só o começo. Será um longo caminho para se recuperar da devastação e do trauma desta guerra", acrescentou.
A ONU alertou que a ajuda humanitária está bloqueada desde que as tropas israelenses entraram no leste de Rafah na segunda-feira e tomaram a passagem da fronteira com o Egito, fechando uma entrada vital a este território ameaçado pela fome.
Segundo o porta-voz da autoridade dos postos fronteiriços de Gaza, Hicham Adwan, "os veículos militares israelenses avançaram desde a fronteira (...) e entraram cerca de 2,5 quilômetros".