Publicada em 25/05/2024 às 10h40
Porto Velho, RO – A desordem interna do Partido Liberal (PL) em Rondônia tem se intensificado, revelando um cenário caótico e fragmentado. A liderança do partido no estado é disputada ferozmente, com figuras chave tomando decisões contraditórias e desafiando a autoridade uma da outra.
Marcos Rogério e a "rasteira" em Bagattoli
Tudo começou com Marcos Rogério assumindo o título de presidente estadual do PL, após dar uma verdadeira "rasteira" em Jaime Bagattoli. A ação de Rogério, apoiada por Valdemar Costa Neto, foi um duro golpe para Bagattoli, que admitiu publicamente sua fraqueza política. Em uma confissão de vulnerabilidade, Bagattoli choramingou para Jair Bolsonaro, tentando obter seu apoio após ser politicamente enfraquecido .
A intervenção de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto
A tensão aumentou quando Bagattoli, em um movimento desastroso, ignorou seu colega Coronel Chrisóstomo, o então pré-candidato do PL à Prefeitura de Porto Velho. Esta atitude levou Bagattoli a receber um "pito" tanto de Jair Bolsonaro quanto de Valdemar Costa Neto, duas figuras de grande influência no partido. Este episódio obrigou Bagattoli a reiterar sua lealdade ao PL e a reconhecer publicamente Chrisóstomo, uma figura que até então havia sido marginalizada na disputa interna .
A declaração de Jaime Bagattoli na Rondônia Rural Show
Durante a Rondônia Rural Show, Jaime Bagattoli concedeu uma entrevista ao jornalista Everaldo Fogaça, na qual anunciou que a vaga de pré-candidato seria do empresário Jaime Gazola. Ele também revelou que Valdir Vargas, do PP de Cassol, seria o candidato a vice-prefeito. Esta declaração inesperada demonstrou a tentativa de Bagattoli de consolidar sua posição e demonstrar que ainda tinha influência dentro do partido .
Marcos Rogério e a aliança com Mariana Carvalho
Entretanto, Marcos Rogério fez um movimento decisivo ao anunciar que o PL estava fechado com Mariana Carvalho, do União Brasil, lançando Edemir Brasil como vice na chapa da ex-deputada. Este anúncio foi um balde de água fria nas articulações de Bagattoli, mostrando que Rogério tinha uma visão estratégica diferente e estava disposto a ignorar os esforços de Bagattoli para formar alianças usando o nome do PL. Bagattoli chegou a reclamar numa rádio ao dizer que Marcos Rogério não conversa com ele.
O papel de Coronel Chrisóstomo
No meio de toda essa confusão, Coronel Chrisóstomo parece ser o mais prejudicado. Apesar de ter sido inicialmente considerado para a candidatura à Prefeitura de Porto Velho, ele foi gradualmente relegado a um papel secundário, sem qualquer apoio significativo dentro do partido. Chrisóstomo se encontra agora isolado, agachado num cantinho do "playground" político do PL, onde ninguém parece dar-lhe atenção ou levá-lo a sério.
Conclusão: Quem realmente manda no PL de Rondônia?
A desordem no PL de Rondônia é tão grande que fica difícil identificar quem realmente detém o poder. Jaime Bagattoli, uma vez uma figura central, foi destituído e suas articulações políticas parecem não surtir efeito. Marcos Rogério, por outro lado, toma decisões independentes, alheio às "costuras" de Bagattoli com Ivo Cassol. A pergunta que permanece é: qual dos dois tem a bênção de Jair Bolsonaro? Qual dos dois tem a bênção de Valdemar Costa Neto?
E, afinal, o PL tem pré-candidato à Prefeitura de Porto Velho ou não? A única certeza em meio a esse caos é que, no playground onde brincam os poderosos do PL, Coronel Chrisóstomo permanece isolado, sem apoio e sem ser levado a sério por ninguém.