Publicada em 24/05/2024 às 10h03
Porto Velho, RO – O cenário político de Porto Velho está em ebulição. O senador Jaime Bagattoli, após ter declarado apoio ao pré-candidato de Ivo Cassol, enfrentou uma reprimenda do ex-presidente Jair Bolsonaro e de Valdemar Costa Neto, conforme veiculado pelo Rondônia Dinâmica. Em uma mudança rápida de postura, Bagattoli agora defende a união em torno de Jaime Gazola, um nome de consenso dentro do PL, liderado por Valdemar Costa Neto nacionalmente; Marcos Rogério (senador) em Rondônia e Coronel Chrisóstomo na capital.
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Senador quer união de Jaime Gazola do PL e Valdir Vargas do PP em Porto Velho
Durante a Rondônia Rural Show (RRS), Bagattoli afirmou ao jornalista e vereador Everaldo Fogaça, do site "O OBSERVADOR", que a legenda precisa se unir para fortalecer suas chances nas próximas eleições municipais. A declaração reforça a decisão estratégica do PL de lançar Gazola como candidato a prefeito, com Valdir Vargas, do PP, como seu vice. Vargas, já se apresentado como pré-candidato, é visto como o nome ideal para compor a chapa e atrair o apoio de Ivo Cassol.
Esta movimentação representa um “golpe” significativo para as pretensões de Mariana Carvalho, que vinha sendo considerada a preferida pelo grupo ligado a Flávio Bolsonaro, o filho 01 do ex-presidente da República. Mariana, que conta com o apoio do atual prefeito Hildon Chaves, do PSDB, e sua equipe administrativa, já havia enfrentado um abalo quando o colunista Robson Oliveira revelou que Léo Moraes, do Podemos, deixaria o Departamento de Trânsito de Rondônia (Detran/RO) para entrar na disputa pela prefeitura. Agora, com a possível convergência do PL em torno de Gazola, a situação de Mariana se complicaria ainda mais.
A indicação de Gazola como protagonista pela legenda bolsonarista pode alterar significativamente o cenário eleitoral. O consenso dentro do PL de que Gazola, com Vargas como vice, é a melhor opção para liderar a disputa, na visão do grupo. Isso mostra que a banda não vai tocar de acordo com o querer de cada um, que, como visto, pensa diferente sobre alianças e protagonismos, inclusive internamente (vice Marcos Rogério versus Jaime Bagattoli). Gazola, que viria com a benção de Jair Bolsonaro, promete ser um nome forte, desafiando a popularidade e os recursos da máquina administrativa de Mariana Carvalho.
Neste contexto, Mariana Carvalho terá que confiar na força de sua campanha e na estrutura em mãos para tentar manter sua vantagem. No entanto, com a entrada de nomes fortes como Léo Moraes e Jaime Gazola, a disputa pela Prefeitura de Porto Velho se mostra cada vez mais acirrada e imprevisível.
O apoio bolsonarista, agora centrado em Gazola, colocaria em teste o potencial da trajetória de Mariana, que pode ver sua base de apoio se fragmentar diante das novas alianças. A política em Porto Velho está prestes a assistir a uma reviravolta que poderá definir o futuro da capital rondoniense.