Publicada em 01/06/2024 às 09h37
Porto Velho, RO – Na recente entrevista ao site Extra de Rondônia, o senador Marcos Rogério defendeu a estrutura do Partido Liberal (PL) no estado, alegando que a legenda está "bem estruturada e em pleno crescimento". Contudo, essa declaração contrasta com a realidade descrita por muitos observadores políticos e membros do próprio partido, onde um faz uma coisa e outro faz outra, resultando em uma evidente desorganização regional.
O caos interno no PL se agravou após a "rasteira" que Rogério deu no colega Jaime Bagattoli, ao assumir o controle da agremiação sem consulta prévia. Nos últimos dias, Bagattoli ganhou os holofotes ao anunciar apoio à pré-candidatura de Valdir Vargas, do PP de Ivo Cassol, à Prefeitura de Porto Velho, ignorando a postulação do deputado federal Coronel Chrisóstomo, presidente municipal do PL na capital.
A reação de Bagattoli foi garantir sua lealdade ao PL após ser chamado diante de Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, onde recebeu "safanões" e foi obrigado a reiterar respeito e fidelidade à legenda. Esses episódios geraram rumores de que o verdadeiro candidato à Prefeitura poderia ser Jaime Gazola, com Valdir Vargas como vice, o que só aumentou a percepção de desordem dentro do partido.
Durante a entrevista, ao invés de abordar diretamente esses problemas, Marcos Rogério recorreu à sua habitual retórica conspiratória, mencionando "forças" não especificadas e alegando que tudo faz parte de "uma tentativa de antecipar o cenário eleitoral" de 2026. Essa estratégia de desviar a responsabilidade é uma marca registrada do senador, que se tornou conhecido como o "Rei da Retórica" durante a CPI da COVID-19, onde desempenhou o papel de fiel escudeiro do governo federal.
Embora tenha se tornado popular nacionalmente, essa popularidade foi posta à prova em 2022, quando foi derrotado pelo Coronel Marcos Rocha, do União Brasil. Rogério perdeu a eleição sem conseguir sustentar suas alegações diárias de perseguição e complôs, mostrando que o eleitorado não comprou sua narrativa de vitimização.
Enquanto continuar culpando forças externas e mantendo a narrativa batida de que sempre há algo ou alguém tentando prejudicá-lo, Marcos Rogério perpetua as "teorias da conspiração" na política rondoniense. Para avançar de forma mais efetiva, é fundamental que ele assuma seus próprios erros e responsabilidades, demonstrando maturidade política e capacidade de liderança real. Passou da hora de ser adulto o suficiente e começar a admitir os próprios passos trôpegos.