Publicada em 22/06/2024 às 11h25
A sucessão municipal em Porto Velho predomina nos bastidores da política rondoniense. Após o presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Marcelo Cruz (PRTB) anunciar publicamente, a algumas semanas sua pré-candidatura a prefeito da capital, Euma Tourinho (MDB), Mariana Carvalho (UB) e Léo Moraes (Podemos também resolveram colocar o “bloco nas ruas” anunciando suas pré-candidaturas.
A capital de Rondônia, hoje, quando estamos a menos de 4 meses das eleições e a pouco mais de dois meses das convenções (20 de julho a 5 de agosto), quando serão escolhidos os candidatos a prefeito, vice e vereadores em todo o Brasil, inclusive no Distrito Federal, enfrenta momento de intensa movimentação entre as lideranças político-partidárias. A escolha dos candidatos é fundamental, pois não temos mais as coligações e, a parceria, através das federações são fundamentais.
Com as coligações, nomes considerados “bons de votos” eram disputados intensamente pelos dirigentes partidários. Além de se elegeram garantiam a legalidade de eleição dos parceiros, mesmo com votações pífias. Hoje não temos mais coligações, substituídas pelas federações quando são eleitos somente os candidatos mais bem votados, desde que o partido atinja o quociente eleitoral.
Com as federações é comum os políticos “bons de votos” serem rejeitados. Um erro, porque eles continuam sendo fundamentais no processo eleitoral. De nada adianta os candidatos somarem uma quantidade de votos parelha se o quociente não for atingido.
Nas eleições de 2022, por exemplo, tivemos inúmeros candidatos â Câmara Federal com votações entre 14 mil a 28 mil votos, que ficaram na suplência. Um se elegeu com pouco mais de 12 mil votos. Portanto não é bom para o partido “podar” os “bons de votos”.
As convenções estão se aproximando e a correria para escolha dos candidatos a prefeito de Porto Velho, aumentando. O jovem, mas exímio articulador político, presidente da Ale-RO, Marcelo Cruz abriu a lista de nomes à sucessão municipal e usou as redes sociais para anunciar o seu futuro político. Saiu na frente.
O MDB, hoje conduzido pelo senador Confúcio Moura anunciou como pré-candidata a juíza aposentada, Euma Tourinho, que nunca participou, diretamente, do processo político-eleitoral em Rondônia. Mas demonstra, que não foi indicada por acaso, e já está em pré-campanha pelo município.
O ex-vereador de Porto Velho, ex deputado (federal e estadual) e ex-diretor-geral do Detran-RO, Léo Moraes, que comanda o Podemos no Estado também está na relação de nomes expressivos em condições de se eleger prefeito da capital. Por enquanto está trabalhando nos bastidores em busca de formatar parcerias para enfrentar as urnas em outubro.
A ex-deputada federal Mariana Carvalho, que tem o apoio do prefeito Hildon chaves (PSDB) também é bastante conhecida da população de Porto Velho, onde passou pelo legislativo municipal, antes de se eleger à Câmara Federal. A expectativa é que Mariana, além de Hildon, tenha o apoio do governador Marcos Rocha (UB), que teve Hildon como parceiro na sua luta vitoriosa à reeleição em 2022.
Todos são nomes expressivos, e, somente Euma Tourinho não concorreu a cargos eletivos, como os demais.
O grupo liderado pelo PT/PSB, da ex-senadora Fátima Cleide e advogado Vinícius Miguel estão se organizando. O que se comenta é que a indecisão está entre qual deles será o “cabeça” de chapa: Fátima ou Vinícius Miguel?!
O PT já foi muito forte em Porto Velho. Roberto Sobrinho, hoje fora do partido, foi prefeito em dois mandatos seguidos (2005 a 2012), único reeleito nas últimas décadas. O partido já teve Jorge Streit, os saudosos Eduardo Valverde e Odair Cordeiro, Fátima Cleide como lideranças.
Os demais partidos estão se organizando. O Rede, por exemplo, tem o abnegado professor-advogado Samuel Costa como pré-candidato e garante, que nos debates conseguirá sensibilizar o eleitorado. Como tem facilidades para se expressar em público poderá ser o azarão das eleições municipais deste ano.
Ainda temos o PDT, presidido pelo senador Acir Gurgacz, que tem o advogado Célio Lopes e o Novo o pré-candidato Ricardo Frota.
O ex-governador Ivo Cassol, presidente regional do PP, expressão política do Estado também estará na disputa em Porto Velho. Cassol nunca teve influência política destacada em Porto Velho, mas apostará no jovem Valdir Vargas na sucessão municipal como pré-candidato.
O PL do senador Marcos Rogério, que também não tem forte influência política na capital tem como pré-candidato o ex-vereador de Porto Velho, Jaime Gazola.
Após a realização das convenções partidárias será possível destacar com maior ênfase a realidade do quadro eleitoral na capital, maior colégio eleitoral do Estado, com mais de 350 mil eleitores, único possível de reeleição, inevitável.
Porto Velho também chama a atenção na política, porque o prefeito que for eleito em outubro, dificilmente deixará o cargo para concorrer a governador em 2026, será essencial na sucessão estadual. Por isso o prefeito Hildon, que está no último ano do segundo mandato seguido, luta para eleger seu sucessor, no quadro atual, a pré-candidata Mariana Carvalho.