Publicada em 06/06/2024 às 11h12
Eleitores dos países da União Europeia votarão, a partir desta quinta-feira (6) e até domingo (9), nas eleições para o Parlamento Europeu. A tendência é que partidos de extrema direita ganhem mais espaço.
O Parlamento Europeu é o órgão que aprova ou rejeita a legislação da União Europeia e toma decisões sobre o orçamento do bloco. Também supervisiona a Comissão Europeia, o órgão executivo —a quem cabe formular as leis.
As votações ocorrem em cada um dos 27 países do bloco; cada nação elege os respectivos eurodeputados: a Alemanha é quem tem mais cadeiras, 96; Malta e Luxemburgo são os menores, com seis. Serão 720 eurodeputados no Parlamento.
Desde as últimas eleições, em 2019, políticos populistas e de extrema direita conseguiram chegar à liderança de países e são parte de governos de coalizão de outras nações europeias. Agora, isso deverá ser refletido também no Parlamento Europeu —ao menos, é o que as pesquisas indicam.
Para Maria Demertzis, analista do grupo de estudos Bruegel, da Bélgica, o esperado nessa votação é que sejam eleitos mais parlamentares de extrema direita; a questão é saber qual será a dimensão da vitória desses partidos.
"Os números (de assentos que esses partidos conquistarem) importam porque um dos possíveis resultados (da eleição) é que a extrema direita se torne o segundo grupo mais forte no parlamento", afirmou à agência de notícias Associated Press.
A extrema direita tem 118 das 705 cadeiras do Parlamento Europeu, divididos em duas coligações (leia mais abaixo). Pesquisa do site Politico divulgada nesta quarta (5) projeta que os dois blocos possam chegar a 144 eurodeputados --o que tornaria a extrema direita a segunda maior força do Parlamento, atrás apenas do Partido Popular Europeu (EPP, na sigla em inglês), partido democrata cristão.