Publicada em 18/06/2024 às 09h00
Ontem (17), no auditório do Sindsef, presenciei o discurso dos pré-candidatos da Esquerda e Centro-esquerda, Fátima Cleide (PT/PCdoB/PV), Vinicius Miguel (PSB), Célio Lopes (PDT) e Samuel Costa (Rede/PSOL), no lançamento da Frente Democrática de Esquerda na presença da militância dos partidos PT, PV, PCdoB, PDT, Rede e PSOL, para suceder o prefeito Hildon Chaves (PSDB) no Prédio do Relógio. Já o MDB e o Solidariedade foram convidados para fazerem parte da Frente Democrática de Esquerda, porém, vão lançar candidatos próprios ao Prédio do Relógio. Observei e escutei atentamente o discurso de cada pré-candidato da Esquerda e Centro-esquerda, por sua vez, não escutei de nenhum pré-candidato a prefeito que não é de cima do palanque que vai resolver os problemas estruturais da nossa capital, ou seja, não disseram como transformar Porto Velho na capital do bem-estar social. Esqueceram de dizer como continuar investindo em infraestrutura; no embelezamento de ruas e avenidas centrais; nas pessoas que vivem na periferia, e como vão planejar o futuro da nossa cidade. Nenhum dos candidatos disse que vai deixar o Prédio do Relógio com cheiro de povo e perfume da periferia. Nenhum dos pré-candidatos pediu à militância para conversar com familiares, vizinhos, amigos, colegas de trabalho e seus líderes religiosos, das propostas da Esquerda e da Centro-esquerda para a cidade. Mas vamos perdoar, podem ter esquecido devido ao nervosismo.
Samuel
O primeiro a fazer uso da palavra foi o pré-candidato Samuel Costa (Rede/Psol), mesmo recorrendo algumas palavras de difícil compreensão para quem vive na periferia, Samuel evidenciou a gestão de prefeitos progressistas na capital e transpareceu que realmente conhece a casa do povo, como o povo vive e a realidade dos povos ribeirinhos e da área rural. Mas não disse como colocar esse povo no orçamento municipal.
Célio
O segundo a discursar foi o pré-candidato Célio Lopes (PDT), diante da militância de esquerda de maioria do Partido dos Trabalhadores (PT), Célio fez uma reflexão da sua trajetória de vida pessoal e partidária no partido de Leonel Brizola, mas avalio como um discurso clichê, ou seja, mais do mesmo.
Vinicius
Em seguida, o pré-candidato Vinicius Miguel (PSB), fez um discurso acadêmico da esquerda com palavras complicadas que acaba afastando a população e não empolga o eleitor. Vinicius teve a oportunidade de pedir a militância da Esquerda e Centro-Esquerda, um recall da sua trajetória política e não o fez, mas vamos dar um desconto, pode ter sido vencido pelo nervosismo.
Fátima
A ex-senadora Fátima Cleide (PT) foi a última a falar, ela fez um discurso chato, velho, pesado, truncado e confuso. Um discurso que não empolga a militância e o eleitor, faltou dizer a militância que todos estão pelas mesmas causas, pelos mesmos compromissos, com as mesmas ideias e com os mesmos ideais, em especial, evidenciar o legado das ações positivas da administração petista na capital.
Esperança
Fiquei observando a militância dos partidos de Esquerda e Centro-esquerda no evento do Sindsef ontem à noite (17), senti a falta da juventude que assume responsabilidades partidárias, que empolga, vai às feiras, faz militância nas escolas e nas universidades, lê e discute teóricos da Esquerda e da Direita, que fala direto com adultos e idosos, que sonha por uma cidade, estado e um país com mais equidade social. Senti a falta de uma mensagem de esperança.
Flopou
Ontem (17), flopou a abertura e o primeiro dia do III Simpósio Jurídico: Desafios do Estado Pós-moderno com o tema Direitos e Garantias Fundamentais, tendo como palco o Teatro Palácio das Artes. O evento conta com a presença de parlamentares da Extrema-direita, a exemplo, do deputado federal Hélio Lopes (PL).
Cancelamento
O tema de apresentação da juíza aposentada e pré-candidata a prefeita da nossa capital, Euma Tourinho (MDB): Liberdade de expressão e a Cultura do cancelamento, caiu muito bem em relação a falta da presença do público-alvo para o evento. Apesar da apresentação rica em conhecimento e conteúdo da juíza Euma Tourinho, podemos deduzir que os estudantes e operadores do direito, cancelaram o evento.
Lembrar
A convite do organizador, advogado Silva Neto, me fiz presente no III Simpósio Jurídico Desafios do Estado Pós-moderno. Na ocasião, presenciei intervenções de alguns dos poucos presentes na plateia que me fez lembrar os livros e documentários que assisti sobre o nazismo, fascismo e o período da Ditadura Militar no Brasil. Um verdadeiro espetáculo de ideias antidemocráticas para o nosso país.
Civilizatório
Falando em Estado Pós-moderno, como vamos discutir a pós-modernidade se o Brasil no seu processo civilizatório, voltou à época medieval, querendo transformar o nosso Estado-democrático de direito e laico em Estado teocrático? Outros, usando o nome de Deus em vão, misturando religião com política, para pedir a volta dos militares ao poder? Fazendo uso de mensagens bíblicas para atacar instituições do Estado-democrático de direito, a exemplo do STF e do nosso Congresso Nacional?
Incapaz
Um leitor da Coluna buscou assistir nas redes sociais da deputada federal Cristiane Lopes (União), o vídeo “desafio a esquerda”, daí ele teceu o seguinte comentário: “Professor, a deputada Cristiane sugere a doação da criança fruto do abuso sexual para não optar pelo aborto, ou seja, sugere o abandono de incapaz, absurdamente ela sugere um crime para passar o pano em outro crime que é o estupro, seria uma espécie de prêmio para o estuprador”.
Aborto
A deputada federal Cristiane Lopes e o deputado federal Fernando Máximo, ambos do União Brasil e da Extrema-direita, defendem o Projeto de Lei 1904/2024 que obriga uma criança ingênua ou uma mulher adulta a carregar o feto de um maldito abusador e, caso optar pelo aborto, passar por “medidas socioeducativas”. Cadeia só para o responsável pela criança e para o médico.
Silêncio
Caros leitores, como diz o jornalista Reinaldo Azevedo: “Fique em casa em silêncio, sem protestar e chegará essa gente da Extrema-direita para determinar como você deve andar, o que comer, como se vestir, a aonde ir, o que dizer, o que calar, a quem querer”.
Elegeram
Os moradores do bairro Nacional elegeram o vereador Carlos Damasceno (PSDB) no pleito de 2020 para resolver o problema da regularização fundiária, a instalação de rede de esgoto, limpeza de terrenos, pavimentação e requalificação do asfalto de ruas, iluminação, o embelezamento da Estrada do Belmonte e a requalificação do Parque Circuito.
Incapaz
O vereador Carlos Damasceno (PSDB) foi incapaz de demonstrar a sua competência técnica, o compromisso e a capacidade de entrega para seus eleitores do bairro Nacional. Nem mesmo a requalificação do Parque Circuito que poderia ser o cartão postal do bairro, Damasceno não conseguiu garantir, no mínimo, a pavimentação da pista de caminhada do referido parque.
Conquistar
Quem promete ser a revelação na nominata de vereadores do Avante, é Chiquinho do Sintax. Na última eleição, faltaram apenas cinco votos para ele ser eleito vereador na capital. Mas, pela organização da campanha, parece que agora vai conquistar uma cadeira na CMPV.
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