Publicada em 20/06/2024 às 10h52
Porto Velho, RO – Com a recente notícia de que o senador Marcos Rogério (PL-RO) assumirá a liderança da oposição ao governo Lula no Senado, uma questão crucial emerge: ele se envolverá nas eleições municipais de Porto Velho?
O atual líder da oposição, Rogério Marinho, se licenciará do mandato por quatro meses para se dedicar às eleições municipais em seu estado, abrindo espaço para Rogério assumir o posto.
Esse cenário gera inquietações entre os membros do PL em Rondônia. Há poucas semanas, o senador Jaime Bagattoli, colega de Marcos Rogério, manifestou apoio à pré-candidatura de Valdir Vargas, do PP, o "agroboy" com as "bençãos" do ex-governador Ivo Cassol.
Esse apoio, entretanto, foi rapidamente revertido após um "pito" do ex-presidente Jair Bolsonaro e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, forçando Bagattoli a reforçar seu compromisso com candidaturas próprias do PL. Agora, mais recentemente, Bagattoli defendeu Jaime Gazola como candidato do partido, com Valdir Vargas como vice.
Enquanto isso, Marcos Rogério mantém-se silencioso sobre suas intenções eleitorais em Porto Velho.
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Esse silêncio tem alimentado especulações de que o PL poderia apoiar Mariana Carvalho, do União Brasil, o que seria uma exigência dos filhos de Jair Bolsonaro. Mesmo assim, Rogério luta pela indicação do vice na chapa, seja o Pastor Val ou o ex-secretário Edemir Brasil, conforme reportado pelo site Rondoniagora.
Por outro lado, o Republicanos, controlado pelo pai de Mariana, Aparício Carvalho, cogita indicar o ex-secretário Diego Lage para o cargo de vice, deixando o PL numa posição secundária, afastada do epicentro do poder e das tomadas de decisões.
A falta de envolvimento direto de Marcos Rogério nas articulações eleitorais em Porto Velho é notável. Sua preferência por debates ideológicos e a busca de uma reputação nacional, especialmente após seu papel de destaque na CPI da COVID-19, sugerem uma postura mais voltada para o cenário generalizado Brasil afora do que para as batalhas políticas locais.
Essa ausência de liderança clara nas eleições municipais pode prejudicar a posição do PL como protagonista em Porto Velho, deixando os eleitores e os membros do partido em dúvida sobre o futuro político da legenda na capital rondoniense.
A movimentação estratégica de Marcos Rogério, focada em questões ideológicas e nacionais, pode estar deixando as decisões locais ao acaso, complicando o cenário para aqueles que esperavam ver o PL na linha de frente das eleições municipais.
Seu silêncio pode indicar uma tática calculada ou simplesmente uma falta de interesse nas disputas locais, mas, de qualquer forma, levanta questionamentos sobre o papel do PL em Porto Velho e seu potencial protagonismo nas urnas.