Publicada em 24/06/2024 às 16h22
Um novo vídeo publicado nesta segunda-feira (24) mostra três reféns israelenses sendo levados pelo Hamas para a Faixa de Gaza durante os ataques do grupo terrorista em 7 de outubro de 2023.
Nas imagens, Hersh Goldberg-Polin, 23 anos, Eliya Cohen, 26 anos, e Or Levy, 33 anos, estão aglutinados na parte de trás de uma caminhonete e ensanguentados.
Goldberg-Polin, que tem cidadania americana, está sentado na parte de trás da caminhonete, coberto de sangue, tendo perdido parte do braço esquerdo anteriormente.
A divulgação do vídeo na mídia foi autorizada pelas famílias dos jovens para pressionar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a fechar um acordo de troca de reféns com o grupo terrorista. Os jovens israelenses ainda estão sob poder do Hamas em Gaza.
Em resposta ao vídeo, Netanyahu disse que ele "parte todos os nossos corações e reitera a brutalidade do inimigo que juramos eliminar."
"Não vamos parar a guerra até trazermos todos os nossos 120 entes queridos de volta para casa", disse o primeiro-ministro em comunicado.
Os três jovens estavam no festival de música Nova, no sul de Israel, que se transformou em um massacre com o ataque terrorista liderado pelo Hamas. Levy estava com sua esposa, que foi morta naquela manhã. A namorada de Cohen, que foi enterrada sob uma pilha de corpos, sobreviveu.
O ataque de 7 de outubro de 2023 desencadeou a guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, que já dura quase nove meses. Os esforços para alcançar um cessar-fogo e garantir a libertação de cerca de 120 reféns ainda em cativeiro têm falhado.
Em abril, o Hamas divulgou um vídeo de Goldberg-Polin falando do cativeiro.
Seu pai, Jon Polin, disse que eles viram o vídeo de seu sequestro pela primeira vez há uma semana e que sua publicação visava lembrar ao mundo sobre as pessoas em cativeiro cujas vidas estão em risco.
"Depois de 262 dias, e quando você vê seu filho ferido em uma caminhonete sendo sacudido com os cabelos puxados e outros sofrendo, a vontade que dá é agarrar os líderes mundiais pelo colarinho e dizer - tirem essas pessoas de lá", disse Polin à Reuters.