Publicada em 03/06/2024 às 09h17
Após os Estados Unidos e outros aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) liberarem o uso de armas pela Ucrânia, a Rússia disparou neste sábado (1º) um total de 100 mísseis e drones em instalações de energia ucranianas em todo o país.
"O inimigo lançou 53 mísseis de vários tipos e 47 drones de ataque", disse a Força Aérea, que informou ter derrubado 35 dos mísseis e todos os drones, com exceção de um.
Segundo a agência France Presse, duas usinas termelétricas foram danificadas no ataque. "Foi mais uma noite extremamente difícil para o setor energético ucraniano. O inimigo atacou duas das nossas centrais térmicas. O equipamento foi gravemente danificado", afirmou a empresa de energia DTEK no Telegram.
Desde que a invasão russa da Ucrânia começou, há dois anos, a Rússia lançou centenas de ataques aéreos contra instalações elétricas no país. Segundo o ministro da Energia ucraniano, German Galushchenko, a Rússia atacou instalações nas regiões de Donetsk, Dnipropetrovsk, Kirovograd, Ivano-Frankivsk e Zaporizhzhia, explica a agência de notícias.
Em seu relatório diário, o Ministério da Defesa da Rússia declarou que lançou um ataque contra "instalações de energia ucranianas que apoiam o trabalho de empresas do complexo militar-industrial".
Os ataques foram realizados "em resposta às tentativas do regime de Kiev de danificar as instalações russas de energia e transporte".
O Exército ucraniano alega atacar refinarias e instalações militares em território russo em retaliação aos ataques diários às suas cidades e à rede de energia.
Liberação da OTAN
O ataque ocorreu aconteceu um dia depois que os Estados Unidos confirmaram a liberação do uso de armas fornecidas pelo país em ataques da Ucrânia contra a Rússia. Anteriormente, outros aliados da OTAN também haviam autorizado o uso de armamentos por Kiev, o que desencadeou uma série de novas ameaças russas.
Nesta sexta-feira (31), o secretário-geral da OTAN Jens Stoltenberg minimizou as declarações do país e declarou que a autodefesa não significa escalar o conflito