Publicada em 24/06/2024 às 10h31
Porto Velho, RO – Em discurso no Plenário, o senador Confúcio Moura (MDB-RO), da base governista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), expressou preocupação com a polarização política no Brasil. Apesar de sua aliança com o governo Lula, Moura fez um apelo para que figuras como o ex-presidente Michel Temer assumam o poder, buscando uma liderança que promova a conciliação e o diálogo.
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Confúcio Moura critica polarização política e alerta para aumento do extremismo
"Aqui no Brasil também temos um movimento de direita forte, está crescendo, crescente. Para dar uma esfriada na polarização brasileira, é necessário que retorne ao Brasil, também na próxima eleição, e na outra subsequente, que assuma o poder no Brasil uma pessoa que não seja extremista, um estilo Juscelino Kubitschek, um estilo Temer, um estilo Itamar Franco, que foram presidentes que conseguiam conversar com todo mundo," disse Moura.
Moura compartilhou experiências pessoais durante a ditadura militar no Brasil, lembrando os desafios enfrentados pela imprensa e pelos opositores políticos do governo na época. Ele destacou que a polarização tem tornado o ambiente hostil. O senador citou que tem sido alvo de ações extremistas desde as eleições de 2022, por ter apoiado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Você veja como é que está a cabeça do povo. Eu já disputei dez eleições, eu não sou novato. Lá em Rondônia, o pessoal até me chama de dinossauro da política. Eu sempre tive as minhas posições muito claras, nunca enganei ninguém. Se eu enganasse, eu só teria sido eleito uma vez. A minha posição não é de criticar os colegas que são daqui ou de acolá. Cada um segue a sua bandeira como quer, mas, realmente, o extremismo, a polarização doentia, as crenças políticas são altamente prejudiciais no curto prazo, no médio prazo e no longo prazo," concluiu Moura.
Em janeiro de 2023, durante uma visita a Montevidéu, no Uruguai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que o ex-presidente Michel Temer é "golpista." Lula afirmou que o legado social deixado pelo seu governo foi destruído em sete anos, por Temer e Jair Bolsonaro (PL). "O Brasil não tinha mais fome quando eu deixei a Presidência da República e hoje tem 33 milhões de pessoas passando fome, significa que quase tudo que nós fizemos de benefício social no meu país, em 13 anos de governo, foi destruído em seis anos, ou melhor, em sete anos; três do golpista Michel Temer e quatro do governo Bolsonaro," afirmou o presidente.