Publicada em 21/06/2024 às 10h14
Autoridades do Reino Unido estão investigando um suposto esquema de apostas sobre a data das eleições gerais no país. O caso envolve pessoas próximas ao primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak. Uma comissão apura se os suspeitos fizeram apostas com base em informações privilegiadas, o que é crime.
No fim de maio, Sunak dissolveu o parlamento e convocou eleições gerais antecipadas para o dia 4 de julho. Pelo calendário regulamentar, os eleitores só iriam às urnas em janeiro de 2025.
Após tomar conhecimento das investigações, Sunak afirmou que está "terrivelmente irritado". O primeiro-ministro também sugeriu que qualquer um que tenha desrespeitado a lei seja expulso do partido.
Na semana passada, o deputado conservador Craig Williams, conselheiro de Rishi Sunak, foi investigado por apostar 100 libras (R$ 693 reais) de que as eleições seriam em julho. A aposta teria sido feita três dias antes do anúncio do primeiro-ministro.
Já na quarta-feira (19), a BBC informou que outra candidata do partido do primeiro-ministro está sendo investigada: Laura Sanders. Ela é casada com o diretor de campanha dos Conservadores, Tony Lee.
O marido de Laura, que também está sob suspeita, entrou de licença médica em plena reta final da campanha eleitoral.
Nesta quinta-feira, um policial encarregado da escolta do primeiro-ministro também passou a ser investigado. Ele chegou a ser detido, mas foi liberado e está em liberdade condicional.
Agora, as autoridades querem saber se algumas pessoas no entorno de Sunak tiveram acesso com antecedência a informações sobre a antecipação das eleições.