Publicada em 14/06/2024 às 09h34
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (14) que o uso dos rendimentos dos ativos russos congelados para ajudar a Ucrânia é um roubo e prometeu uma resposta.
Na quinta-feira, os líderes de países que formam o G7 se reuniram na Itália e anunciaram que firmaram um empréstimo à Ucrânia de US$ 50 bilhões (cerca de R$ 270 bilhões), usando juros gerados por ativos russos congelados pelo Ocidente. O anúncio foi feito pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Quase 300 bilhões de euros (R$ 1,75 trilhão) de ativos russos foram congelados pelos aliados ocidentais após a invasão de fevereiro de 2022. Os rendimentos desse dinheiro vão financiar um empréstimo de US$ 50 bilhões (R$ 268 bilhões) para que a Ucrânia possa comprar armas e se reconstruir o país em guerra.
"Apesar de todas as trapaças, roubo continua sendo roubo e não ficará impune", declarou o presidente russo a funcionários do Ministério das Relações Exteriores.
O líder russo também falou sobre condições para negociar a paz com a Ucrânia: Putin disse que assinaria um acordo "amanhã" caso a Ucrânia retirasse suas tropas das regiões de Zaporizhzhia, Kherson, Donetsk e Luhansk e desistisse de se unir à Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Se a Ucrânia aceitasse esses termos, a Rússia iria parar de atacar e começar a negociar, segundo Putin.
Ele fez os comentários na véspera de uma cúpula na Suíça, onde mais de 90 países e organizações devem discutir um possível caminho para a paz na Ucrânia. A Rússia não foi convidada e diz que a reunião é uma perda de tempo.
A Rússia controla quase um quinto do território ucraniano no terceiro ano da guerra, e a Ucrânia diz que a paz só pode ser baseada na retirada total das forças russas e na restauração de sua integridade territorial.