Publicada em 26/07/2024 às 14h52
Há 13 dias, um incêndio de grandes proporções atinge o Parque Estadual Guajará-Mirim, unidade de conservação de Rondônia. Segundo o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), o fogo já afetou boa parte do Parque.
Imagens de satélite e aéreas mostram a dimensão da fumaça e das chamas e os pontos de foco do fogo. Ainda não há informações do que teria causado o incêndio.
Ainda conforme o Prevfogo, existem quatro frentes de fogo no Parque. No entanto, os brigadistas atuam em apenas duas frentes, já que não conseguem chegar ao incêndio por falta de aeronaves.
O Prevfogo informou ao g1 que foi acionado para combate ao incêndio no dia 12 de julho, mas que o incêndio foi identificado dia 11.
Seis dias depois, no dia 18 de julho, uma equipe se deslocou para atuar no local.
A equipe inicial é composta por 12 pessoas. O pouco efetivo é apontado pela equipe como uma das principais dificuldades da operação. Além disso, os brigadistas atuam apenas por meio terrestre, pela falta de apoio aéreo. Foi feita uma solicitação para o envio de mais 12 pessoas para o local.
Equipes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), do Batalhão da Polícia Ambiental e da Polícia Militar também moveram efetivo de pessoas e meios terrestres para atuar no combate às chamas.
A Sedam informou que uma base de combate já deslocou para o Parque para iniciar o combate às chamas.
Segundo a pasta, o incêndio é “aparentemente criminoso”, começou na beira da estrada e se alastrou para dentro da mata.
Parque Guajará-Mirim
O Parque Estadual de Guajará-Mirim é uma unidade de proteção integral, com aproximadamente 220 mil hectares, localizada na zona rural de Nova Mamoré.
A UC foi criada há mais de 30 anos, através do Decreto Nº 4.575, de 23 de março de 1990.
Ao longo dos anos, a região vem sofrendo devastação em decorrência da permanência de invasores no local. Os crimes mais recorrentes são extração ilegal de madeira, desmatamento, incêndio, pastagem, caça e pesca ilegal e grilagem de terras.
Para entender a importância de preservação do Parque, cabe ter conhecimento que dentro da unidade existem diversas espécies, seja da flora ou da fauna, que são ameaçadas de extinção, quase ameaçadas ou vulneráveis.