Publicada em 06/07/2024 às 10h20
As pesquisas previam uma vitória esmagadora dos trabalhistas, e as urnas confirmaram. Ainda na madrugada, durante a apuração, o líder do partido, Keir Starmer, já comemorava a vitória.
O Parlamento britânico tem 650 vagas. O Partido Trabalhista dobrou de tamanho e conquistou 412. A bancada dos conservadores murchou. Das 344 cadeiras, ficaram apenas com 121 – o pior desempenho em toda a história do partido. E quem domina a maioria do Parlamento leva também o comando do governo: Downing Street.
Depois de mais de 14 anos, o Partido Trabalhista - de centro-esquerda - volta ao poder prometendo estabilidade.
Os desafios na economia foram a pauta principal dessa eleição. E não é à toa. Quase 80% dos britânicos dizem que a situação financeira do país está mal das pernas. O gráfico que mostra a inflação dos últimos anos, durante o mandato dos conservadores. Em outubro de 2022, a inflação teve um pico de mais de 11% - puxada, principalmente, pelo preço dos alimentos. Foi o maior índice desde a década de 1980.
O agora ex-primeiro-ministro, Rishi Sunak, deixou o governo pedindo desculpas. Disse que a troca de poder seria feita de forma pacífica e ordeira.
Como manda a tradição, Starmer se dirigiu ao Palácio de Buckingham e recebeu do monarca, o Rei Charles III, o convite para formar um novo governo. Ele é advogado de formação, já chefiou o Ministério Público e ficou conhecido pelo trabalho em defesa dos direitos humanos.
Assim que pisou em Downing Street, Starmer foi ovacionado. Disse que vai trazer melhorias à classe trabalhadora e prometeu reconstruir o país, tijolo por tijolo, com foco no serviço público.