Publicada em 24/07/2024 às 15h48
Netanyahu agradece Joe Biden, pelo apoio a Israel ao longo dos anos de seus mandatos como presidente e vice-presidente.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, usou um broche com formato de um laço amarelo na lapela direita durante seu discurso no Congresso dos EUA nesta quarta-feira (24). Congressistas americanos também utilizaram o adereço. Em janeiro de 2024, a atriz americana J. Smith-Cameron também usou o broche. O mesmo aconteceu durante o Oscar, em março, ocasião em que o produtor de cinema israelense-americano Avi Arad também aderiu ao laço.
O que o laço amarelo significa?
Não há uma resposta única, mas o adereço é usado já há algumas décadas como um símbolo de solidariedade a famílias de pessoas feitas reféns ou de soldados que estão longe de casa servindo aos seus países combatendo em guerras.
Nos três casos, o laço amarelo manifesta solidariedade às famílias dos reféns ainda sob poder do Hamas em Gaza.
Em 7 de outubro, o grupo terrorista lançou um ataque contra Israel e sequestrou mais de uma centena de pessoas. Em menos de 24 horas, a organização “Bring them Home” (Traga-os para casa, na tradução em português) foi criada com o objetivo de pressionar a comunidade internacional para que as pessoas sequestradas fossem resgatadas. Foi essa organização que distribuiu os laços amarelos durante o Globo de Ouro e o Oscar.
"Não vou descansar enquanto todos eles estiverem em casa. Todos eles", disse Netanyahu sobre os reféns ainda sob poder do Hamas em Gaza. O primeiro-ministro disse, ainda, que as Forças de Defesa Israel (FDI) estão atuando para resgatar os reféns.
Essa não é a primeira vez que o laço amarelo é usado para demonstrar apoio a familiares de reféns.
Em março de 2011, 7 cidadãos estonianos foram feitos reféns no leste do Líbano. Na ocasião, em uma publicação no Facebook, o então presidente da Estônia, Toomas Hendrik Ilves, disse que colocou uma fita amarela em sua lapela em apoio silencioso aos familiares das pessoas sequestradas.
Cerca de 13 anos antes, em 1998, cinco oficiais de inteligência cubanos foram presos nos EUA e condenados por conspiração para cometer assassinato e espionagem.
Os cinco agentes foram detidos acusados de integrar a "Rede Vespa", a maior organização de espiões cubanos detectada em operações nos Estados Unidos, e condenados à prisão em 2001.
Em 2013, quinze anos após o caso, uma grande manifestação aconteceu na capital de Cuba, Havana. Os cubanos marcharam pelas ruas da cidade usando fitas amarelas exigindo a libertação de Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e René González.
Dois anos mais tarde, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, condecorou os agentes e os classificou de "patriotas latino-americanos".