Publicada em 10/08/2024 às 09h30
Um ataque aéreo israelense a um complexo escolar em Gaza neste sábado (10) matou dezenas de pessoas, segundo autoridades de saúde. O local abrigava palestinos deslocados.
O exército israelense reconheceu que tinha como alvo a escola Tabeen, no centro de Gaza, alegando que atingiu um centro de comando do Hamas dentro da escola. O Hamas negou essa informação.
As estimativas para o número de mortos variam entre 70 e 100. As autoridades de saúde de Gaza dizem que são mais de 90 mortes. Já o governo de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que são mais de 100. Em entrevista à BBC, o diretor do Hospital al-Ahli, para onde muitas das vítimas foram levadas, disse que o ataque matou pelo menos 70 pessoas.
O ataque ocorreu sem aviso prévio, no início da manhã, antes do nascer do sol, enquanto as pessoas rezavam em uma mesquita dentro da escola, segundo o gabinete de imprensa do Hamas.
Segundo Mahmoud Bassal, porta-voz dos socorristas da Defesa Civil que operam sob o governo local administrado pelo Hamas, três mísseis atingiram o prédio de dois andares — o primeiro andar abriga a mesquita e o segundo a escola — onde cerca de 6.000 pessoas deslocadas estavam se abrigando da guerra.
O que se sabe sobre novo ataque de Israel a escola que matou dezenas
O exército israelense afirmou que suas forças aéreas "atingiram um centro de comando e controle que servia como esconderijo para terroristas e comandantes do Hamas", com aproximadamente 20 "militantes" operando lá.
"A Força Aérea de Israel atingiu com precisão terroristas do Hamas operando dentro de um centro de comando e controle do Hamas embutido na escola Al-Taba’een e localizado ao lado de uma mesquita em Daraj Tuffah, que serve como abrigo para os residentes da Cidade de Gaza."
Ainda de acordo com o exército israelense, antes do ataque "várias medidas foram tomadas para mitigar o risco de dano a civis, incluindo o uso de munições precisas, vigilância aérea e informações de inteligência."