Publicada em 14/08/2024 às 16h23
Uma exposição dos protótipos de softwares e de hardwares produzidos pelos 62 alunos que cursaram a capacitação para formação continuada em Realidade Aumentada para o ensino integrado de Robótica, com foco na indústria 4.0 e ênfase em saúde, marcou o encerramento dessa etapa do projeto no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama.
A exposição foi realizada no saguão do campus com a participação dos alunos do ensino médio e demais pessoas interessadas. O Chefe do Departamento de Pesquisa e Inovação (Depesp), Willians de Paula Pereira, destaca que foi importante concluir o cronograma do curso no tempo proposto. “Conseguimos fazer a execução financeira do projeto e toda a sua gestão, uma vez que o contrato foi assinado no final do mês de dezembro e pudemos fazer todo o planejamento até o final de maio para estabelecer como as aulas iriam acontecer”, destacou.
Segundo Willians, o resultado dos protótipos apresentados mostra toda a dedicação que houve no projeto. “Eles conseguiram desenvolver o que estava proposto no curso, que tem uma complexidade, que era desenvolver um protótipo de um hardware e desenvolver um software de realidade aumentada”. De acordo com o professor, foram produzidos 13 protótipos para cuidados dos pacientes, de análise do ambiente, de clima, de temperatura, de umidade, para medir a pulsação, cujos dados são coletados e conectados à internet, diretamente do software.
Na realidade, eles funcionam em tempo real. Em qualquer lugar, o hardware pode ser monitorado pelo software que foi desenvolvido. “A isso, chamamos internet das coisas”, explica, informando que todos eles têm por finalidade aprimorar a qualidade dos serviços prestados e a inovação no setor de saúde em Rondônia. O curso, que teve 120 horas de duração, contou com a participação de seis docentes do Campus Calama. A meta inicial de capacitar 50 pessoas foi ampliada e 62 alunos concluíram o curso.
Leandro Ferrarezi, um dos Professores de Informática que ministrou o curso, disse que “os alunos desenvolveram aplicativos utilizando a Realidade Aumentada para exibir dados de sensores em tempo real na tela de dispositivos móveis. O processo de desenvolvimento envolveu várias etapas críticas, começando pela integração dos sensores com o aplicativo”. Segundo ele, “é interessante notar que, ao mesmo tempo em que a tecnologia pode surpreender os usuários finais, também surpreende estudantes e professores durante o desenvolvimento destas. O resultado final dos aplicativos foi realmente surpreendente, a partir do momento em que os estudantes aliaram os aspectos técnicos à sua criatividade, e assim mostraram ao público lindas telas virtuais, diferentes e cheias de peculiaridades em cada apresentação”, definiu.
O projeto faz parte do Programa Prioritário de Indústria 4.0 e Modernização Industrial (PPI4.0), coordenado pelo Centro Internacional de Tecnologia de Software (CITS) do Amazonas, entidade que promove relações integradas com instituições de ensino, pesquisa e extensão na área da tecnologia da informação e inovação para suporte ao desenvolvimento industrial na Amazônia Ocidental.