Publicada em 23/08/2024 às 09h30
O eleitorado da extrema-direita começa observar o Pablo Marçal e abandonar o Clã Bolsonaro
O clã Bolsonaro demonstrou total desespero nas redes sociais devido ao crescimento da exposição de Pablo Marçal (PRTB) e das intenções de votos nas últimas pesquisas pela Prefeitura de São Paulo. Após o vereador Carlos Bolsonaro (PL), ontem (22), foi a vez do deputado Eduardo Bolsonaro (PL) de criticar o coach Pablo Marçal (PRTB) e tentar mostrar aos seus seguidores que ele não representa a extrema-direita. Rolou até um estranhamento no Instagram e no X – ex-Twitter entre Pablo Marçal e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Marçal comentou uma publicação de Bolsonaro sobre ferrovias, tentando mostrar que é bem próximo do ex-presidente com o seguinte comentário: “Como você disse, eles vão sentir saudades de nós”. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retrucou: “nós?”. O coach Marçal fez tréplica dizendo que colocou R$ 100 mil reais na campanha de Bolsonaro para presidente nas eleições de 2022 e que, se ele quiser tirar o "nós", que devolva os R$ 100 mil reais depositando o valor na campanha dele para prefeito de São Paulo. Não precisa ser um gênio para perceber que a candidatura de Pablo Marçal a prefeitura de São Paulo não é para ajudar à reeleição de Ricardo Nunes (MDB), apoiado pelo PL de Bolsonaro em São Paulo e que disputa com eleitores paulistas os votos da direita e da extrema-direita, mas de manter o controle sobre os eleitores bolsonaristas. Contudo, o coach Pablo Marçal (PRTB) já rachou a direita e a extrema-direita. Se Marçal vence sozinho a prefeitura de São Paulo, com as bandeiras da extrema-direita, essa vitória não será tributada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas ao próprio coach Pablo Marçal (PRTB) que promete ensinar as pessoas como se tornar milionário e que possui um passado que não serve de muita referência para quem deseja representantes políticos comprometidos com a ética, a moral, a honestidade e a austeridade.
Estranho
Vale destacar que, por mais estranho que isso possa parecer, o Clã Bolsonaro não criou o fascismo tropical. Esse grupo de extrema-direita sempre esteve por aí. A estratégia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi organizar, mobilizar, canalizar as frustrações, indignações e os medos, para dar um sentido para ele através dele próprio e de sua candidatura à presidência da República.
Controle
O desejo do Clã Bolsonaro é manter a influência sobre o controle do eleitorado da direita e da extrema-direita no intuito de influenciar pleitos eleitorais. Esse ensaio de Game of Thrones da direita e extrema-direita na disputa pela prefeitura de São Paulo, se Pablo Marçal (PRTB) passar para o segundo turno, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve acompanhá-lo contra o candidato Guilherme Boulos (PSOL/Rede).
Impressão
Caso aconteça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) subir no palanque de Pablo Marçal (PRTB) no segundo turno das eleições municipais em São Paulo, ainda assim ficará a impressão de que os seguidores de Bolsonaro tiveram vontade própria. Para quem acredita que controla uma grande parte do eleitorado da direita e da extrema-direita do país, ver o bolsonarista se encantar por outro líder fascista deve ser assustador.
Preparado
A princípio, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está sendo preparado para ocupar o espaço do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto segue inelegível até 2030. Mas tudo depende dos resultados eleitorais municipais e dos indicadores sociais e econômicos do governo do Presidente Lula (PT). Além do jogo do poder das forças situacionistas e oposicionistas para acomodar lideranças políticas na construção do arco de aliança partidário nas eleições de 2026.
Impeachment
Na entrevista que concedeu ao programa "Oeste Sem Filtro", exibido no canal da Revista Oeste no YouTube, o senador Marcos Rogério (PL-RO), afirmou que o processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), necessita de forte mobilização popular, assim como foi com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Banidos
Vale lembrar ao senador Marcos Rogério (PL), que o país já foi palco de dois impeachments, o primeiro foi do ex-presidente Fernando Collor (PRD) e o segundo, da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Por sua vez, todos foram inocentados posteriormente e os chacais de Collor e Dilma foram banidos da vida pública pelo eleitor.
Análise
Caro leitor, como prometido, estarei trazendo uma análise das eleições municipais dos principais colégios eleitorais do nosso estado de Rondônia. No primeiro momento, vamos analisar o arco de aliança partidário e apresentar os bens patrimoniais dos candidatos que disputam o cargo eletivo de prefeito. Vamos começar por Guajará-Mirim. Contudo, o arco de apoio de lideranças políticas, os meandros das campanhas e a probabilidade dos resultados ficarão para a próxima coluna.
Guajará-Mirim
Cinco candidatos disputam a prefeitura de Guajará-Mirim, Netinho (PP/Republicanos/Agir); a vice-prefeita Mary Granemann (PL/Novo/PRD/Avante); Dr. Neidson (PRTB); João Soares (PSDB/Cidadania) e a prefeita afastada Raissa Bento (MDB/Podemos/União Brasil/PT/PCdoB/PV/PDT).
Netinho I
O agropecuarista e candidato Netinho (PP) à prefeitura de Guajará-Mirim, disputou pela primeira vez o cargo eletivo de vereador nas eleições de 2012 e foi eleito, declarando possuir R$ 688.000,00 em bens. Em 2014, disputou o cargo eletivo de deputado estadual e não foi eleito, mas declarou R$ 1.665.329,81 reais em bens. Neste caso, triplicou a sua fortuna.
Netinho II
Passados seis anos, Netinho (PP) voltou a disputar cargos eletivos nas eleições de 2020, concorreu ao cargo eletivo de vice-prefeito e perdeu, mas declarou R$ 2.159.420,46 reais em bens. Agora Netinho tenta ser prefeito, para espanto de todos, declarando possuir R$ 17.896.082,48 reais em bens. Neste caso, ele é o candidato a prefeito mais rico envolvido na disputa pela prefeitura de Guajará-Mirim.
Mary
A ex-assessora parlamentar do Dr. Neidson, Mary Granemann (PL), disputou o cargo eletivo de vice-prefeita nas eleições de 2020 ao lado da prefeita afastada Raissa Bento (MDB), declarando possuir R$ 94.500,00 em bens. Nas eleições de 2022, quando disputou o cargo eletivo de deputada estadual, declarou possuir R$ 356.200,00 em bens. Atualmente, ocupando o cargo de prefeita e buscando a reeleição, ela declarou R$ 390.000,00 em bens. Neste caso, o seu patrimônio evoluiu quando decidiu disputar cargos eletivos e ocupar cargos nos espaços de poder e de tomada de decisões.
Dr. Neidson I
O médico, Dr. Neidson (PRTB), disputou seu primeiro cargo eletivo nas eleições de 2014 e venceu para deputado estadual. Na época, declarou possuir R$ 45 mil reais em bens. Ele concorreu à reeleição de deputado estadual em 2018 e ganhou, por sua vez, declarou um patrimônio de R$ 268,400,00 mil reais, de uma eleição para outra, aumentou o seu patrimônio em cinco vezes.
Dr. Neidson II
Nas eleições de 2022 quando disputou a reeleição para deputado estadual e perdeu, Dr. Neidson declarou possuir R$ 1.394.623,93 em bens, e agora na disputa para prefeito de Guajará-Mirim, declarou R$ 1.464.000,00 reais em bens, portanto, mesmo fora da política, devido a sua profissão de médico, continua crescendo o seu patrimônio.
João Soares I
O advogado João Soares (PSDB) disputou o seu primeiro cargo eletivo nas eleições de 2012 para vereador, mas não foi eleito. Na primeira disputa, declarou possuir R$ 160 mil reais em bens - referente à casa onde mora em Porto Velho. Depois de oito anos, João Soares se lança candidato a prefeito de Guajará-Mirim nas eleições de 2020, ficando em segundo lugar na disputa. Por sua vez, declarou possuir R$ 150 mil reais em bens, ou seja, a mesma casa que continua morando em Porto Velho.
João Soares II
O advogado João está novamente na disputa pela prefeitura da Pérola do Mamoré e declarou possuir R$ 325.000,00 reais em bens, um crescimento espantoso desde que passou a disputar eleições, mas que pode ser tributado a sua aposentadoria, a profissão de advogado e ao cargo que ocupou na Assembleia Legislativa de Rondônia.
Raissa
A prefeita afastada Raissa Bento (MDB) de Guajará-Mirim, esposa do empresário Antônio Bento (MDB), disputou pela primeira vez o cargo eletivo de prefeita nas eleições municipais de 2020 e venceu, por sua vez, declarou possuir R$ 90.000,00 reais em bens. No atual pleito, Raissa, que disputa a prefeitura mesmo afastada do cargo, declarou possuir R$ 16.300,00 reais em bens. Neste caso, a candidata empobreceu desde que entrou na política.
Campanha
O candidato a vereador, advogado Breno Mendes (Avante), lançou uma campanha de doação de sangue em Porto Velho por nome: “Campanha pela Vida: doar é um ato de amor”, que acontecerá nos dias 30 e 31 de agosto, na Fhemeron. Breno deseja atrair o maior número de pessoas para doar sangue no intuito de elevar o estoque do banco de sangue que se encontra baixo.
Sério
Falando sério, quem aposta, como esse grupo veio, ele pode ir embora, está enganado, o fascismo e o nazismo sempre se manifestarão no território político. Nunca deixará de existir por mais que seja combatido. Observe os grupos organizados espalhados pelo mundo e presentes nas redes sociais.
imprimir
