Publicada em 20/08/2024 às 15h02
Os seis desaparecidos após um iate afundar na costa da Sicília, na Itália, podem estar dentro de bolsões de ar no casco da embarcação, segundo o jornal britânico "The Telegraph".
A publicação ouviu o engenheiro Nick Sloane, que participou das buscas por sobreviventes do naufrágio do Costa Concordia, em 2012. Segundo Sloane, é possível que parte dos passageiros e tripulação desaparecidos tenham encontrado espaços fora da água formados pelo próprio casco da embarcação após o veleiro virar.
No entanto, se isso tiver acontecido, as equipes de resgate têm pouco mais de 24 horas para resgatar as pessoas com vida, disse Sloane.
Um dos desafios das buscas é o tamanho da embarcação e o pouco tempo que os mergulhadores conseguem ficar debaixo d'água para explorar o espaço. Complica também o trabalho a profundidade do veleiro, que está virado e a 50 metros da superfície.
Com os equipamentos atuais, os mergulhadores conseguem ficar no máximo 12 minutos debaixo d'água. Nesta terça, uma equipe de mergulhadores britânicos especializada em buscas em locais estreitos foi ao local das buscas, na Sicília, para auxiliar nas buscas.
O iate, um veleiro de luxo com seis suítes de bandeira britânica, afundou após a passagem de um raro tornado pela costa da Sicília, na Itália, na segunda-feira (19). A embarcação estava atracada perto de Palermo, mas virou pela força dos ventos.
Um vídeo com imagens gravadas pelas câmares de segurança do porto local e divulgado nesta terça-feira mostrou o momento em que o mastro do veleiro desaparece.
Até a publicação desta reportagem, um corpo havia sido resgatado, de um chef canadense que estava na embarcação. Quinze pessoas foram resgatadas, e outras seis estavam desaparecidas.
Entre os desaparecidos está o bilionário Mike Lynch, que é um empresário britânico no ramo da tecnologia. Ele é popularmente conhecido como "Bill Gates do Reino Unido".