Publicada em 10/08/2024 às 10h19
Convenções realizadas, e, por enquanto, sete candidatos a prefeito em Porto Velho, maior colégio eleitoral do Estado, onde em 2022 mais de 360 mil eleitores estão em condições de votar, único município de Rondônia com possibilidades de segundo turno, porque tem mais de 200 mil eleitores.
A capital está mais ou menos com o quadro de candidatos à sucessão municipal definido. Mas, até o prazo final para registro de candidaturas, “tudo pode acontecer”, jargão de a maioria de narradores de rádio e TV.
Até o próximo dia 15, quando expira o prazo para registro das candidaturas (prefeito, vice e vereador) no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), não estão descartadas mudanças no quadro atual, que já deixou o advogado e professor universitário, Vinícius Miguel, presidente regional do PSB pelo meio do caminho. Ele abortou sua candidatura a prefeito, após aprovação em convenção, para se aliar do grupo liderado pelo PDT, que tem como candidato majoritário o também advogado, Célio Lopes.
Pesquisas para consumo interno e algumas publicadas na mídia, enquetes realizadas por sites noticiosos colocam alguns nomes em primeiro plano na preferência de a maioria dos participantes, números que não fogem da previsão de especialistas em política regional. Estão com candidaturas definidas e dependendo de registro no TRE sete candidatos, que segundo o folclore popular é “conta de mentiroso”.
Podemos classificar o início da corrida eleitoral em Porto Velho em três grupos bem diferenciados. Um deles formado pela ex-vereadora e ex-deputada federal, Mariana Carvalho (UB), que tem como sustentação os partidos aliados PT, Agir36, DC, PRTB, PRD, Federação PSDB-Cidadania, PP, Avante e PSD. É um grupo forte formado por lideranças expressivas como o governador Marcos Rocha (UB) e o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Cruz (PRTB).
O advogado Célio Lopes, do PDT, também tem um grupo de partidos no apoio à sua candidatura. Além do PDT, presidido no Estado pelo ex-senador Acir Gurgacz, estão parceiros a Federação Brasil Esperança formada pelo PT, PV e PCdoB, além de o PSB.
Ainda entre os nomes considerados linha de frente está o ex-vereador e ex-deputado (federal e estadual) Leo Moraes, presidente regional do Podemos. Apesar de político experiente, que já disputou a prefeitura, terá dificuldades, pois investe numa candidatura solo, sem outros partidos parceiros.
A situação da juíza aposentada, Euma Tourinho, do MDB é a mesma de Leo Moraes, pois não tem partidos formando um grupo. Isso limita o poderio de votos, pois terá somente candidatos a vereador do seu partido na disputa das 23 vagas no Legislativo Municipal, que aumentou o número de cadeiras de 21 para 23.
Euma tem um partido tradicional, mas, mas bastante dividido, após seu maior líder no Estado, ex (senador, governador, prefeito), Valdir Raupp perdeu espaços para o senador Confúcio Moura, hoje o nome de maior expressão do partido.
Também não há como desconsiderar os demais candidatos, que buscam se eleger prefeito de Porto Velho. A campanha só terá início, após o dia 15, quando serão encerradas as homologações dos candidatos no TRE.
O advogado e militante político ativo, Samuel Costa (Rede) sabe aproveitar muito bem os espaços na mídia e nas redes sociais. Mesmo que as pesquisas e enquetes não o coloquem no topo é um adversário a ser considerado.
É o mesmo caso do candidato do Solidariedade, ex-conselheiro do Tribunal de Contas (TC) de Rondônia, Benedito Alves. A exemplo de Samuel, Leo e Euma, ele não tem partidos aliados, mas é um nome muito conhecido e respeitado nos bastidores da política, resta saber, como será seu desempenho nas urnas.
Também está na relação de nomes em condições de concorrer à sucessão municipal em Porto Velho o candidato do Novo, o advogado e jornalista Ricardo Frota. Corre por fora e, no mínimo pavimentará o futuro político, para uma candidatura a deputado nas eleições gerais (presidente da República, governadores e respectivos vices, duas das três vagas ao Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas), de 2026.
Em 2004 Roberto Sobrinho (PT) estava entre os últimos nas pesquisas a 15 dias das eleições, se elegeu prefeito. Em 2016 o prefeito Hildon Chaves (PSDB), dez dias antes das eleições não somava dois dígitos nas pesquisas. Venceu.
As cartas estão à mesa. A partir de quinta-feira (15) terá início a campanha política. Quem for mais competente e conseguir convencer a maioria de o eleitorado e for para um segundo turno, que consideramos inevitável, terá que negociar bem com os derrotados, pois em política só é vitorioso, quem soma, divisão, jamais.