Publicada em 26/08/2024 às 10h11
O Ministério das Relações Exteriores afirmou em nota publicada neste domingo (25) que o governo brasileiro acompanha com "grave preocupação" a escalada de "tensões" no Líbano e em Israel, ocorrida neste domingo.
O Itamaraty também afirmou que desencoraja "fortemente" que brasileiros viagem para a região neste momento e que está orientando a comunidade brasileira no Líbano pela internet e pelas redes sociais da embaixada brasileira em Beirute.
O exército israelense ordenou bombardeios no sul do Líbano neste domingo (25) após identificar planos para uma ofensiva do grupo extremista Hezbollah contra o país.
Como resposta, o Hezbollah, apoiado pelo Irã, lançou um ataque em larga escala contra Israel, que declarou estado de emergência.
"O governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, a escalada de tensões observada, na última madrugada, no Líbano e em Israel, com ataque israelense contra alvos no Sul do Líbano e lançamento de foguetes pelo Hezbollah contra o território israelense", afirmou o Itamaraty em nota.
"O Brasil conclama todas as partes envolvidas a exercerem máxima contenção, a fim de evitar a intensificação de hostilidades na região e o alastramento do conflito para o restante do Oriente Médio", continuou o governo brasileiro.
Entenda a escalada do conflito
Neste domingo, o exército de Israel disparou bombardeios aéreos "preventivos" contra alvos do Hezbollah no sul do Líbano, após detectar planos para uma investida significativa em seu território.
Depois disso, o Hezbollah, considerado um grupo terrorista por vários países, como Estados Unidos, França e Alemanha, afirmou ter iniciado a "primeira fase" de um grande ataque contra Israel, disparando 320 foguetes e drones, atingindo 11 locais militares do país.
O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, então decretou um estado de emergência de 48 horas em todo o país, começando às 6h da manhã deste domingo. Voos também foram suspensos no aeroporto de Tel Aviv.
Mais tarde, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que os líderes do Hezbollah e do Irã devem entender que a resposta do país foi "mais um passo para mudar a situação no Norte" de Israel e que "isso não é o fim da história".
Já o Hezbollah afirmou que a operação deste final de semana foi "concluída e realizada" com sucesso.