Publicada em 03/08/2024 às 10h32
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, agradeceu, nesta sexta-feira (2), aos presidentes Lula, Andrés Manuel López Obrador (México) e Gustavo Petro (Colômbia) por uma nota conjunta em que eles pedem respeito à soberania popular.
Maduro classificou o comunicado, divulgado na quinta-feira (1), como "muito bom". "Emitiram um comunicado muito bom, muito bom. Parabenizo o presidente Petro, Lula e López Obrador. Agradeço por toda a Venezuela".
O ditador disse que os três trabalham a favor dos venezuelanos. "Estão trabalhando conjuntamente para que se respeite a Venezuela. Para que os EUA não façam o que estão fazendo".
EUA se manifestaram cerca de duas horas após a divulgação da nota. O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, divulgou um comunicado em que reconhece Edmundo González como o novo presidente da Venezuela.
Maduro disse que o posicionamento dos EUA seria uma resposta aos três presidentes. "O que Blinken fez foi responder à tentativa soberana desses três países sul-americanos de evitar danos à Venezuela", disse o ditador.
Apesar do agradecimento de Maduro, a nota do Brasil, México e Colômbia também reforça o pedido para que os dados da votação sejam divulgados. "Fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para avançarem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação".
ÓRGÃO ELEITORAL REAFIRMA VITÓRIA DE MADUR
O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) divulgou um segundo boletim nesta sexta-feira (2) em que reafirma que Nicolás Maduro foi reeleito presidente da Venezuela. Porém, o órgão ainda não divulgou as atas eleitorais cobradas pela oposição e pela comunidade internacional.
A instituição, controlada pelo governo, afirma que o líder chavista obteve 51,95%. O opositor Edmundo González Urrutia obteve 43,18% dos votos, diz o CNE. O órgão afirma que já foram apurados quase 97% dos votos.
Segundo o CNE, a participação no pleito foi de quase 60%. Maduro teria recebido 6,4 milhões de votos.