Publicada em 30/08/2024 às 15h11
Porto Velho, RO – Nos últimos dias, a cidade de Porto Velho, capital de Rondônia, tem enfrentado uma grave crise ambiental que coloca em risco a saúde de seus habitantes. Desde o início da semana, a cidade está envolta em uma densa camada de fumaça, resultado de um número alarmante de queimadas na região. A situação chegou a um ponto crítico na quinta-feira (29), quando a concentração de material particulado no ar atingiu 621 microgramas por metro cúbico (µg/m3), segundo a plataforma de monitoramento da qualidade do ar IQAir.
Este índice supera em muito o limite considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 45 µg/m3, colocando Porto Velho no nível mais perigoso da escala de poluição.
A situação alarmante motivou o governo de Rondônia a decretar estado de emergência e proibir o uso de fogo em todo o estado por 90 dias. Ainda assim, as queimadas continuam devastando a floresta e comprometendo a qualidade do ar, o que levou ao cancelamento do tradicional desfile cívico-militar de 7 de Setembro.
A decisão, anunciada nesta sexta-feira (30), foi tomada como medida de precaução para proteger a saúde pública, especialmente diante da crescente preocupação com o impacto da fumaça nas condições respiratórias da população.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, está mobilizando esforços para conter as queimadas, coordenando ações conjuntas entre diversos órgãos estaduais e federais.
Em Porto Velho, agentes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e militares do Corpo de Bombeiros estão atuando intensamente para combater os focos de incêndio, enquanto investigações buscam identificar e punir os responsáveis pelas queimadas ilegais. Dados do Censipam indicam que a fumaça que afeta Rondônia também provém de queimadas no sul do Amazonas e na Bolívia, agravando ainda mais a situação.
A crise ambiental em Rondônia levanta sérias preocupações sobre os efeitos na saúde da população, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias. Nos últimos dias, hospitais da capital registraram um aumento significativo nos atendimentos de crianças com problemas respiratórios, como bronquite, asma e rinite.
A Secretaria de Saúde do estado (Sesau) tem orientado a população a tomar precauções, como evitar atividades físicas ao ar livre, manter ambientes fechados e usar máscaras de proteção.
Diante da gravidade da situação, é crucial que a sociedade adote uma postura consciente e responsável. Além das medidas preventivas recomendadas pelas autoridades de saúde, é essencial que a população colabore com o combate às queimadas, denunciando atividades ilegais e evitando qualquer prática que possa causar incêndios.
O combate às queimadas é um desafio coletivo, que demanda a cooperação de todos para evitar danos irreversíveis ao meio ambiente e à saúde pública.
Fontes: Agência Brasil, UOL, Governo de Rondônia.