Publicada em 19/08/2024 às 09h15
O que é lacração? O que as pessoas estão entendendo por lacração? Bom, lacrar vem do verbo fechar e encerrar. A lacração surgiu com uma gira dentro dos grupos LGBTQIA+, que teve o sentido de arrasar, de "mandar ver", "mandar bem". Porém, conforme lacração foi saindo dos grupos LGBTQIA+, foi virando uma gira de internet, a palavra acabou ganhando um novo sentido. E ficou muito associado à argumentação um tanto taxativa para encerrar opiniões anteriores. Certa vez, saindo do cinema com amigos da universidade, a gente estava falando do filme Rambo, daí veio um amigo e disse assim: “Isso aí que vocês estão falando não é a mensagem correta do filme, o lance é que o Rambo é a personificação do imperialismo americano”. Pá, lacrou. A ideia era encerrar o debate e a gente calasse a boca porque não tinha mais o que discutir a partir disso. Quem quer lacrar precisa escrever ou falar algo de impacto, algo que muitas vezes está sendo produzido para encerrar uma discussão ou vencer uma discussão. Ou seja, uma espécie de batalha do rap virtual. Então, tem que ser algo bastante impactante e que tem que dizer: “Ó, a partir disso que eu disse, você não tem mais nada para dizer. Fechei, encerrei, lacrei, arrasei”. Daí, alguém diz: “espera lá, calma, é mais complexo. Não, porque, na verdade, é isso, e pronto”. A lacração na análise do discurso é conceituada como significante vazio, que as pessoas projetam significados para aquela palavra ou ação, inclusive significados contraditórios, mas ela acaba sendo uma palavra guarda-chuva para abarcar todo tipo de pensamento elaborado do outro. A grande jogada é ficar de olho no que está por trás da palavra lacração, no que está por trás do uso político e das possíveis invertidas que o lacrador pode levar.
Polêmica
Caro leitor, observo tantos políticos oportunistas falando: "Chega de lacração, a lacração está destruindo isso, está destruindo aquilo!" Mas, na verdade, de que lacração eles estão falando? Da lacração que virou um significante vazio e conveniente, igual à polêmica do Superman bissexual que levou um jogador de vôlei ao Congresso Nacional.
Invertidas
Em síntese, a lacração virou esse significante vazio que quase tudo serve para você invalidar, porém, existe a possibilidade de levar invertidas. É preciso, portanto, a gente, que ainda topa conversar feito gente, apontar o quanto essa palavra é usada apenas como um disfarce para uma retórica que não permite a apresentação de argumentos.
Estranheza
O presidente Lula (PT) sugeriu a realização de uma nova eleição na Venezuela com a presença mais ampla de observadores internacionais, me causou estranheza a líder da oposição Maria Corina Machado (Projeto Venezuela), rejeitar a proposta. Quem ganha uma, ganha duas ou existem dúvidas?
Alegria
A maior das estatais, a Petrobras registrou prejuízo de R$ 2,6 bilhões entre abril e junho de 2024. É o primeiro prejuízo em 4 anos. Vale lembrar que, ao final do segundo governo Lula (PT), após o escândalo do petrolão, a estatal valia R$ 24 bilhões. Em 2023, Lula recebeu a Petrobras valendo quase R$ 600 bilhões, às custas do sacrifício dos brasileiros que pagavam um combustível caro para fazer a alegria e a felicidade dos investidores.
Fogo
O presidente Lula (PT), acompanhado da Ministra do Meio Ambiente e do Clima, Maria Silva, e dos ministros José Múcio (Defesa), Renan Filho (Transportes), Carlos Fávaro (Agricultura), Eloy Terena (ministro interino dos Povos Indígenas), além do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, e do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, entre outras autoridades, estiveram no Pantanal mato-grossense atingido pela seca e pelas queimadas ilegais. Na ocasião, o presidente sancionou o Projeto de Lei n° 1.818/2022, que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.
Inesperada
Dados recentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam uma aliança inesperada em 85 cidades do Brasil entre o Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Lula, e o Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essas agremiações, apesar de serem antagônicas em âmbito nacional, decidiram apoiar conjuntamente candidatos a prefeito em diversos municípios do país.
Fenômeno
Em Rondônia, o fenômeno da aliança entre o PT e o PL aconteceu em torno do atual prefeito, Leandro Vieira (União Brasil), do município de Corumbiara, que busca a reeleição como candidato único, ou seja, sem adversários. Ele conta com uma ampla coalizão de partidos, incluindo DC, MDB, PL, PODE, Republicanos, União Brasil e a Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV).
Derrotado
Além da batalha eleitoral, existe uma batalha jurídica longe dos olhos do público promovida pelos advogados dos candidatos a prefeito de Porto Velho no âmbito da Justiça Eleitoral. O maior derrotado na batalha jurídica tem sido o candidato Léo Moraes (Podemos) nas ações que promove contra a candidata Mariana Carvalho (União Brasil).
Renegando
Falando em Léo Moraes (Podemos), ele repaginou o seu nome político na campanha eleitoral municipal em curso, ele retirou o sobrenome Moraes, ficando só “Léo”. Ele sempre usou o nome e sobrenome em todas as campanhas que participou.
Pesquisa
O Instituto de Pesquisa Amazônia, contratado por um jornal eletrônico Rondoniaovivo.com, divulgou pesquisas de intenções de voto para prefeito de Porto Velho sob o registro de número RO-00104/2024 na Justiça Eleitoral. Os dados revelam que a candidata Mariana Carvalho (União Brasil) lidera com 41,4% a corrida eleitoral deste ano.
Aparece
O candidato Léo Moraes (Podemos) aparece em segundo lugar com 26,6%; seguido por Célio Lopes (PDT) com 3,8% em terceiro; Euma Tourinho (MDB), também obteve 3,8%, em quarto lugar; seguem empatados Ricardo Frota (NOVO) com 2,6% em quinto; Samuel Costa (Rede/PSOL), somando 2,6% é o sexto; e Benedito Alves (solidariedade) ficou na sétima posição, pontuando 2,5% das intenções de votos.
Venceria
No segundo turno das eleições, a candidata Mariana Carvalho (União Brasil), venceria todos os adversários com grande folga segundo o Instituto de Pesquisa Amazônia. No primeiro cenário, Mariana Carvalho (União Brasil) venceria por 50,87% a 34,50% contra Léo Moraes (PODEMOS). A candidata também lidera na disputa contra Euma Tourinho (MDB) com 65,6% dos votos a 15,58%, e contra Célio Lopes (PDT), quem derrotaria com 67,09% a 16,22%.
Revelou
Falando em pesquisa, conversei recentemente com o geógrafo e jornalista Paulo Andreoli, daí ele me revelou que vinha no mesmo voo com a candidata Mariana Carvalho (União Brasil) de São Paulo a Porto Velho. Daí, um passageiro passou mal e Paulo disse à comissária que existia uma médica a bordo no voo e apontou para Mariana.
Salvou
A comissária se dirigiu a Mariana Carvalho (União Brasil) e pediu ajuda para o passageiro que passava mal. Mariana se levantou, foi atender o passageiro e fez todos os procedimentos médicos. Paulo Andreoli me atestou que Mariana é realmente médica e salvou o passageiro.
Pacto
A OAB – Rondônia, realizou na sexta-feira (16), o Pacto em Defesa da Democracia, Combate à Desinformação e Fake News nas eleições para a Prefeitura de Porto Velho e contou com a presença das candidatas Mariana Carvalho (União Brasil) e Euma Tourinho (MDB), e dos candidatos Léo Moraes (Podemos), Samuel Costa (Rede/PSOL), Ricardo Frota (Novo) e Benedito Alves (Solidariedade).
Lacrar
A candidata Euma Tourinho (MDB) e o candidato Benedito Alves (Solidariedade), usaram de palanque o evento da OAB – Rondônia, para lacrar porque a TV Rondovisão que é afiliada à BAND em Rondônia, optou em realizar sabatina em vez do debate. Euma foi mais longe, se dirigiu à candidata Mariana e a chamou para o debate, sem que houvesse chance de Mariana responder.
Invertida
Devo lembrar que tanto a candidata Euma Tourinho (MDB) bem como o candidato Bendito Alves (Solidariedade), se recorrer à lacração nos debates, podem sofrer invertidas das boas, inclusive vindo a público fatos e situações desconhecidas do público.
Aderiu
Ontem (18), o candidato a vereador Júnior da Versátil, que disputa uma cadeira na CMPV pelo MDB, abandonou a campanha da candidata Euma Tourinho (MDB) do seu partido e aderiu à campanha da candidata a prefeita Mariana Carvalho (União) ao Prédio do Relógio.
Sério
Falando sério, a gente não pode considerar o quanto os dispositivos que nós temos na sociedade, como as redes sociais, por exemplo, acabam condicionando a nossa maneira de participar da própria sociedade, inclusive modulando os nossos discursos de se manifestar por lacração ou invertidas.