Publicada em 27/09/2024 às 09h50
A menos de dez dias para o primeiro turno das eleições, o candidato a prefeito pela coligação 'Porto Velho, quem ama cuida', conselheiro aposentado dr Benedito Alves, disse que nada está definido ainda e que os debates serão fundamentais para mostrar quem de fato está preparado e quem está bravateando. "Nesses pouco mais de 130 dias de pré-campanha e campanha, o que tenho constatado é um sentimento popular de anseio por mudanças. O povo está cansado de maquiagens. É asfalto sem redes de drenagem, saúde caótica, falta de água não pela crise hídrica, mas por falta de abastecimento, falta de apoio ao produtor rural, especialmente da agricultura familiar, enfim, um descalabro". Questionado por que não tem pontuado nas pesquisas, ele citou dois fatores: não aceitou pagar aos institutos que o procuraram e entrevistadores que não chegam aos seus redutos, basicamente comunidades evangélicas e moradores dos bairros mais carentes e comunidades rurais".
O candidato faz uma analogia figurada da passagem bíblica de Davi contra Golias. "Nesta reta final, ficará evidenciada a luta de Davi contra Golias. Foi dito à época, que não havia como Davi derrotar o gigante, mas sua força não era física. Além da inabalável fé em Deus, não lutava com armas convencionais. Não usava lança, capacete ou armadura. Armou-se de cinco pedras. Nesta campanha, a arma convencional que está fazendo a roda girar, é o dinheiro farto. Essa arma não temos. Tanto que sou o único candidato a prefeito que abriu mão de dinheiro público de fundão eleitoral. Nossa arma está sendo na pedrada. É no corpo-a-corpo, no convencimento, mostrando as melhores propostas e melhor qualificação para cuidar da população da nossa capital pelos quatro anos".
Segundo dr Benedito Alves, é preciso tirar Porto Velho da vexatória condição de "pior capital do Brasil em IDH". Ele se diz "bastante satisfeito por manter uma campanha sem conchavos políticos, sem gastar dinheiro público enquanto falta médico nas UPAs e postos de saúde. Andamos os 75 bairros de Porto Velho, a própria prefeitura diz que são 71 bairros. São 75. Nessas andanças constatamos que os maiores problemas estão na saúde. Aqui temos 25 mil pessoas na fila.de cirurgia eletiva. Pessoas com câncer de próstata e de mama sem atendimento na rede municipal. Tem pessoas que estão há três anos esperando exame de imagem. Nós vamos transformar em emergencial a maioria das cirurgias eletivas e implantar efetivamente o programa Saúde na Porta. Vamos cuidar dos 150 mil diabéticos que não estão sendo atendidos e podem se tornar amputados"..
Com pós-doutorado em governança pública, ele propõe um secretariado de auxiliares com independência,, sem conchavos políticos. "Nada me impede de escolher gente capacitada, gente da própria prefeitura. Não vamos lotear a prefeitura".