Publicada em 24/09/2024 às 09h03
O governo brasileiro começou a reunir nesta terça-feira (24) dados de brasileiros e parentes de primeiro grau que estão no Líbano, seja como turistas ou como residentes, e desejam receber "apoio do governo".
A medida foi tomada após as forças militares de Israel intensificarem os bombardeios na região sul do Líbano, em uma ofensiva contra o grupo extremista Hezbollah.
O formulário disponibilizado pela Embaixada do Brasil no Líbano não fala expressamente que haverá uma operação para repatriar os brasileiros – mas indica, em diversos momentos, que os dados podem ser usados nesse sentido.
O Itamaraty faz as seguintes perguntas aos brasileiros no Líbano:
Nome e sobrenome (igual ao passaporte)
Data de nascimento
Turista ou residente? (e se a situação migratória está regular)
Possui outra nacionalidade, além da brasileira?
Caso possua outra(s) nacionalidade(s), liste-a(s) abaixo
Tem passagem aérea em voo comercial de partida do Líbano?
Já fez uso de voo de repatriação anteriormente?
No fim de 2023, o governo brasileiro repatriou mais de 1,4 mil cidadãos que moravam em Israel e na Faixa de Gaza, após a escalada do conflito na região.
A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando o grupo islâmico extremista Hamas – que controla áreas na Faixa de Gaza – atacou alvos em Israel por ar e por terra, sequestrando e matando centenas de israelenses e deixando outros milhares feridos.
Desde então, a região passa por uma nova escalada de conflitos. O sul do Líbano faz fronteira com o norte de Israel, mas as tensões têm afetado voos e a rotina dos moradores inclusive na capital Beirute, na região central do Líbano. Voos foram cancelados nesta terça.