Publicada em 30/09/2024 às 14h39
Para garantir a saúde e o bem-estar dos indígenas, diante dos desafios climáticos, o governo de Rondônia tem implementado ações emergenciais para oferecer suporte e mitigar os impactos da crise hídrica e das queimadas, estas últimas, frequentemente provocadas por incêndios florestais de origem criminosa. As ações acontecem por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que recentemente, em parceria com o Ministério da Saúde, realizou visitas técnicas às comunidades indígenas de Vilhena e Guajará-Mirim.
Essas ações fazem parte do plano da Equipe Técnica da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde, composta pela Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS), em colaboração com o Ministério da Saúde e o governo de Rondônia. São ações estratégicas e integradas para garantir que as comunidades, que sofrem com os efeitos da estiagem e das queimadas, não fiquem desamparadas durante essa crise.
COMUNIDADE IQUÊ EM VILHENA
Na quarta-feira (25), a equipe técnica visitou a comunidade indígena Iquê, localizada no polo-base de Vilhena, na divisa de Rondônia com Mato Grosso, que conta com cerca de 54 habitantes. Além da crise hídrica, a comunidade enfrenta a fumaça densa proveniente de incêndios florestais criminosos, que prejudica a visibilidade e afeta a qualidade de vida dos moradores. A visita identificou necessidades emergenciais, e o cacique Tonhão destacou a união da comunidade para enfrentar esses desafios.
A Sesau traçou uma linha de cuidados específica para a população indígena, priorizando o abastecimento de medicamentos essenciais. O secretário de Estado da Saúde, Jefferson Rocha destacou que, o difícil acesso à região agrava a escassez de recursos. “Comprometemo-nos em atender à demanda por medicamentos, especialmente os de especialidade básica, que são vitais para o atendimento primário de saúde dessas comunidades”, ressaltou.
O governo reforçou o atendimento de saúde nas comunidades indígenas
VISITA EM GUAJARÁ-MIRIM
Durante a passagem por Guajará-Mirim, na quarta-feira (25), a equipe visitou a aldeia indígena Poeirinha e realizou atendimento humanitário, incluindo a remoção de um indígena que precisava de cuidados médicos. As aldeias enfrentam dificuldades devido os incêndios florestais, na maioria criminosos e crise hídrica, que dificultam o transporte.
O acesso às comunidades, como Cristo Reis, Laranjal, Pedreira e São Luiz, agora levam até sete dias, em vez dos dois dias habituais. A Sesau intensificou as ações no município para garantir o atendimento de saúde às comunidades indígenas e populações isoladas, priorizando a oferta de medicamentos essenciais e suporte médico na região.
O titular da Sesau, Jefferson Rocha explicou que, o governo está estabelecendo parcerias interinstitucionais para desenvolver um protocolo de atendimento adaptado às necessidades específicas dessa população. “Estamos atuando de forma integrada para garantir que essas comunidades recebam a assistência necessária, respeitando suas particularidades e promovendo um atendimento digno e humanizado”, enfatizou.
RESPOSTAS À CRISE HÍDRICA E INCÊNDIOS
Diante dos incêndios florestais, em sua maioria criminosos, e da escassez de água nas comunidades mais distantes, o governo de Rondônia tem buscado estratégias e parcerias com a Força Nacional do SUS para monitorar a situação e elaborar ações imediatas, que respondam aos desafios impostos pelos eventos climáticos.
Segundo o secretário da Sesau, o propósito é mitigar os impactos causados por ações criminosas e eventos climáticos que afetam todo o estado. “A equipe técnica está respondendo imediatamente a todas as necessidades dessas comunidades”, pontuou.