Publicada em 05/09/2024 às 10h19
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ji-Paraná, celebra uma conquista na área de educação: o prêmio Seymour Papert-Paulo Freire de Tecnologias na categoria de Escolas Públicas. O reconhecimento veio pelo trabalho intitulado “Trilhando Caminhos Tecnológicos na Educação Indígena: Desafios e Inovações da Etnoinformática para uma Aprendizagem Significativa”, que são apostilas criadas para o curso, com a aplicação da Etnoinformática.
“Este prêmio representa o reconhecimento do nosso compromisso com a educação inclusiva e tecnologicamente avançada. Estamos orgulhosos do trabalho realizado pelos nossos educadores indígenas no curso, com a formação de professores para oportunizar o acesso a tecnologias e o desenvolvimento do pensamento crítico”, destacou a Coordenadora do Curso de Informática do Campus Ji-Paraná, Ilma Rodrigues de Souza Fausto.
A premiação impulsiona ainda mais o compromisso da instituição com a excelência educacional e a valorização da diversidade cultural. Conforme o Diretor de Educação a Distância, Saulo Souza de Macedo, “a EaD tem sido uma ferramenta poderosa para atingir comunidades indígenas onde a educação presencial muitas vezes não consegue chegar. Esse prêmio reforça nossa missão de promover a formação de professores comprometidos com a inovação”.
FIC em Computação
O projeto desenvolvido como parte do curso de Formação Inicial e Continuada em Computação, Tecnologias e Robótica Educacional para Educação Básica, revelou uma série de inovações e estratégias pedagógicas eficazes: 1. Personalização e Integração Cultural: a abordagem metodológica do curso ressalta a importância da personalização tecnológica e integração cultural no processo de implementação educacional. Isso garante que a intervenção seja adaptada de maneira precisa às necessidades identificadas, promovendo uma experiência de aprendizagem significativa e inclusiva para os educadores indígenas. 2. Adaptação Curricular e Cultural: A abordagem de adaptação curricular e cultural reconhece a importância de ajustar o currículo para atender às necessidades educacionais e culturais dos professores indígenas, promovendo uma aprendizagem mais significativa. 3. Etnoinformática: - A etnoinformática é integrada em todas as atividades do curso. Isso permite que os professores indígenas se envolvam com a tecnologia de uma maneira que respeite e valorize sua cultura e conhecimento.
Na publicação, Ilma Fausto destaca a importância da etnoinformática na promoção da inclusão digital e tecnológica de comunidades indígenas. 4. Materiais adequados ao contexto indígena e para os demais professores, enfatizando a importância de recursos educacionais que considerem a diversidade cultural e linguística. 5. Mediação Humanizada: A implementação da mediação humanizada para a promoção da aprendizagem significativa e inclusiva entre educadores indígenas da educação básica fundamentou-se em uma abordagem técnica e científica, respaldada por relevantes teorias e autores da área.
Segundo a Chefe do Departamento de Extensão de Ji-Paraná, Andreia Mendonça dos Santos Lima, as comunidades indígenas serão beneficiadas. “O curso demonstrou que é possível aliar tecnologia, cultura e aprendizagem significativa, estamos investindo na formação de professores que farão a diferença nas comunidades indígenas”, disse.