Publicada em 20/09/2024 às 15h20
Hezbollah e Israel trocaram ataques nesta sexta-feira (20) em uma nova ofensiva no Oriente Médio após a explosão de pagers e "walkie-talkies" do grupo extremista no Líbano.
Israel atacou Beirute, no maior bombardeio ao Líbano desde o início da guerra em Gaza.
Já o Hezbollah lançou ao território israelense 150 foguetes de um tipo conhecidos como "Katyusha", que consegue driblar vários sistemas de defesa.
Os foguetes Katyusha lançados pelo Hezbollah foram desenvolvidos inicialmente na antiga União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial. O nome significa "pequena Katy".
De acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), os foguetes são disparados a partir de lançadores e não são guiados.
Antes de Israel ter o sistema "Domo de Ferro", que intercepta ameaças ainda no ar, foguetes Katyusha eram difíceis de serem abatidos. Isso porque o artefato voa baixo e percorre um trajeto curto.
Atualmente, o Hezbollah possui vários modelos do Katyusha, que têm alcance e tamanho diferentes. Alguns artefatos podem viajar até 40 km e carregar uma ogiva de 20 kg, com alto poder destrutivo.
Um relatório produzido em 2006 apontou que o Hezbollah tinha entre 7 mil e 8 mil foguetes Katyusha de 107 mm e 122 mm. O número aumentou muito nos últimos anos. No entanto, de acordo com especialistas, os dados recentes são poucos confiáveis.
Segundo o CSIS, um dos mais populares é o modelo que carrega 6 kg de munição e viaja até 20 km. O foguete também dispersa fragmentos quando explode, aumentando o poder de destruição.
O Irã é um dos principais fornecedores deste tipo de foguete ao Hezbollah. O CSIS afirmou que o país também entregou lançadores ao grupo extremista, inclusive montados em caminhões.