Publicada em 14/09/2024 às 11h11
A única ligação rodoviária de Manaus com os demais Estados é a BR 319, com cerca de 885km, construída na década de 70. A rodovia federal há tempos necessita de restauração e adequação, pois na maior parte o asfalto desapareceu e no chamado “Meião”, que fica intransitável no período de Inverno Amazônico (chuvas torrenciais diárias durante meses) e perigosa no Verão (meses sem chuvas), como agora devido a poeira.
Além dos problemas naturais de uma rodovia odiada pelas ONGs, inclusive com apoio da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que atende os interesses de países, que não tem um pé de árvore nativa e mandam e desmandam na Floresta Amazônica, que é brasileira, mas não é dos brasileiros.
Pelas ONGs e a ministra, a 319 seria fechada, mas felizmente o presidente Lula da Silva, talvez alertado por um dos filhos (Luís Cláudio), que mora no Amazonas intercedeu na causa e, na última semana assinou Ordem de Serviço para restauração e adequação do “Meião” (cerca de 400km), primeiramente com 20km e posteriormente os demais 32km, área mais crítica. É bem provável, que Lula deva ter recebido um “puxão de orelhas” da ministra, que nasceu na Amazônia (Acre) e renega sua origem.
Com sua atitude radical, ela quer fechar, a pedido das ONGs, a rodovia, que hoje, mesmo em precárias condições está ajudando a salvar vidas, porque, devido a longa estiagem, os rios estão praticamente secos, a navegação comprometida, inclusive no Rio Madeira, suspensa à noite há meses e as embarcações limitadas a cargas mínimas, comprometendo o abastecimento, inclusive de mantimentos à Manaus e a população ribeirinha.
Os poços secaram e não há como atender o povo ribeirinho com água potável e alimentos. Hoje, mesmo de forma precária é a 319, que ameniza, mas não soluciona o problema, porque não tem condições de tráfego seguro. Transitar por ela é uma aventura perigosa, mas obrigatória, pois é a única ligação de Manaus com os demais Estados. Hoje a dependência é de via aérea, cara e insuficiente para atender a demanda, pois está a cada dia mais difícil transitar pela rodovia.
A recuperação do primeiro trecho do “Meião”, de 20km, está autorizado pelo presidente Lula, felizmente. E Lula não liberou a OS somente visando os interesses da economia regional, mas principalmente pela condição social de a população regional, pois os povos ribeirinho e indígena estão passando por momento delicado de isolamento com carência de água potável e alimentos devido a longa estiagem prolongada.
"Neste País, ninguém será esquecido pela sua condição social. Eu vou cuidar primeiro daqueles que mais necessitam neste País, das pessoas mais afastadas. Eu ouvi hoje pessoas dizendo que o último médico que passou lá foi em fevereiro, que as crianças estão com dificuldade de ir na escola porque o rio baixou", disse o presidente Lula na última semana em Manaus.
Os integrantes de a maioria das ONGs com raríssimas exceções, vivem na mais absoluta mordomia, com salários vultosos, apesar de dizerem que são entidades “que não visam lucros financeiros”. Seus integrantes vivem nas “selvas de pedras” com ar-condicionado 24 horas, equipamentos de última geração, recursos financeiros garantidos, veículos de última geração, refrigerados, e polpudos salários. Não estão interessados na superfície amazônica.
A Amazônia brasileira não é rica somente na flora e fauna, que para as ONGs devem ser intocáveis. Por que? Animais e humanos sempre conviveram juntos. Ou os índios não são humanos?
O interesse real de as ONGs é para o subsolo da nossa Amazônia, nossas reservas minerais. Só o Brasil é rico em ouro, diamante, lítio, gás natural, alumínio, ferro, manganês, cobre, zinco, níquel, cromo, titânio, prata, platina, paládio, fosfato.
Infelizmente foi necessária uma ação divina (a longa estiagem), dura, mas necessária, para que nossas autoridades se conscientizassem de a necessidade de desenvolvimento permanente em todos os segmentos, mas de forma responsável. Todo excesso deve ser punido, para isso existem leis, a Constituição, apesar de quase sempre ignorada por quem deveria zelar por ela.
Os índios, o povo ribeirinho, os moradores de Manaus, uma metrópole com mais de 2 milhões de pessoas, agradecem ao presidente Lula pela coerência em expedir a OS. E espera que no futuro, a 319 seja –como é– a necessária opção de transporte pessoal e de carga da região.
Que seja transformada numa Estrada Parque, como o senador Confúcio Moura (MDB), aliado do governo federal já propôs, para que nos finais de semana o povo possa passear por ela e conhecer melhor um pouco das riquezas e beleza da nossa Amazônia e durante a semana integre Manaus a Rondônia e demais Estados, via terrestre.
Assim, o povo poderá “passear de carro” pela BR 319 como já disse a “sábia” ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.