Publicada em 03/09/2024 às 15h58
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, falou sobre a ordem de prisão contra Edmundo González na noite desta segunda-feira (2), logo após o anúncio do pedido de detenção de seu principal adversário nas eleições presidenciais do final de julho.
"Ninguém neste país está acima das leis e das instituições, como pretende esse senhor escondido, o covarde Edmundo González Urrutia", afirmou o líder do regime durante seu programa semanal na televisão estatal. "O Ministério Público o citou três vezes e ele não compareceu, pois diz que não reconhece o Ministério Público, em que país isso acontece?"
A ordem de captura era esperada desde a última sexta-feira (30), quando González deixou de comparecer, pela terceira vez, a uma audiência que ocorreria no âmbito de uma investigação sobre a denúncia de fraude no pleito por parte de opositores.
Em outras ocasiões, o diplomata afirmou que o Ministério Público atua como um "acusador político" e que seria submetido a um processo "sem garantias de independência ou devido processo legal" caso respeitasse a intimação.
Ainda na segunda, um porta-voz de González afirmou à agência de notícias Reuters que o opositor não havia sido notificado de qualquer mandado de prisão.