Publicada em 28/09/2024 às 11h09
Porto Velho/RO - A partir de domingo (29), iniciará a semana decisiva do processo eleitoral no Brasil, quando serão eleitos – ou reeleitos – no dia 6 prefeitos, vices e vereadores em todo o país. Portanto, será um período crucial para os candidatos, pois serão dias fundamentais para que eles sensibilizem o eleitorado, mostrando que são as melhores opções.
Em Rondônia, dois municípios chamam mais a atenção da crônica especializada em política. Porto Velho é o único município do estado com possibilidade de segundo turno, pois tem mais de 200 mil eleitores. Nos demais (51), tudo será resolvido no primeiro turno.
Em Porto Velho, sete candidatos estão na disputa pela sucessão municipal e, de acordo com pesquisas publicadas nos diversos órgãos de comunicação, quatro deles têm chances reais de alcançar o objetivo maior, que é governar a capital a partir de janeiro do próximo ano.
De acordo com as pesquisas já publicadas e dentro da legalidade da Lei Eleitoral, estariam à frente Mariana Carvalho (UB), Célio Lopes (PDT), Léo Moraes (Podemos) e Euma Tourinho (MDB). As pesquisas que serão publicadas durante a semana certamente terão um posicionamento mais aproximado do resultado final, após a abertura das urnas no dia 6.
Algumas sondagens em Porto Velho também não descartam a possibilidade de Mariana Carvalho, que está à frente em todas as pesquisas publicadas, ser eleita no primeiro turno. Essa possibilidade existe, mas nas últimas décadas, apenas o ex-prefeito Roberto Sobrinho (PT), na época com Lula presidente, conseguiu se eleger em primeiro turno, em 2008.
Também não há como descartar os demais candidatos. Benedito Alves (Solidariedade) tem baixa rejeição, o que é importante numa disputa eleitoral. Samuel Costa (Rede), candidato de centro-esquerda, vem se destacando nas redes sociais, assim como Ricardo Frota (Novo).
Em Ji-Paraná, três candidatos estão na disputa, com dois deles, o atual prefeito Isaú Fonseca (UB) e o deputado estadual Affonso Cândido (PL), prometendo uma eleição das mais concorridas. Isaú é bem cotado entre a população dos bairros, enquanto Affonso teve o “reforço” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que esteve na semana em Ji-Paraná para firmar apoio à sua candidatura, assim como fez com Mariana Carvalho em Porto Velho.
O advogado Zenildo Felbek é o terceiro candidato, mas, de acordo com as pesquisas publicadas, as eleições na capital da BR estariam polarizadas entre Isaú e Affonso.
Uma situação inusitada ocorre em Ariquemes, onde concorrem três mulheres: a prefeita Carla Redano (UB), que busca a reeleição, e suas adversárias Marlei Mezzomo (PP) e Agna Souza (MDB).
Jaru sempre teve a Família Muleta como uma força tradicional na política local, tendo eleito prefeito, vereador, deputados estaduais (João e Amauri) e deputado federal (João). Desde a vitória de João Gonçalves Júnior (PSDB) em 2016, reeleito em 2020, o grupo tem mantido sua influência na política municipal. Provavelmente, não terão dificuldades em eleger o atual vice-prefeito.
Na disputa estão o vice Jeverson Lima (PSDB) e o empresário Patrick Faelbi (PL), cuja campanha teve um reforço com a passagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo estado.
O empresário e prefeito Alex Testoni (UB), que busca seu quarto mandato, tem como adversários o delegado Júlio César (Podemos) e a servidora pública Soeli Mageski (PT). A princípio, Testoni não deverá ter dificuldades para se reeleger.
O ex-deputado estadual e prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD), também caminha para a reeleição. Seus adversários são o ex-deputado estadual Celso Popó (PL) e o índio Almir Suruí (PDT). A eleição estava polarizada entre Fúria e Popó, mas a entrada de Suruí na reta final das convenções dividiu ainda mais o eleitorado. Normalmente, essa divisão favorece quem está no poder, no caso, Fúria.
Em Pimenta Bueno, a disputa está acirrada. O vice-prefeito Valteir Cruz (UB) é um dos candidatos, mas não tem o apoio do prefeito, delegado Arismar Araújo, de quem foi vice por dois mandatos seguidos. O prefeito apoia a professora Marcilene Rodrigues (Podemos). Também está na disputa Mário Serra (Cidadania).
Vilhena também promete eleições disputadas. Dois candidatos são considerados de ponta: o prefeito Flori Cordeiro (Podemos) e Raquel Donadon (PRD). O candidato do PT, Alan Souza, também está na corrida. Raquel pertence a uma família tradicional na região do Cone Sul, polarizada por Vilhena. Flori foi eleito em eleição suplementar, devido à cassação do ex-prefeito Eduardo Japonês (PV), e busca a reeleição após dois anos no cargo.
Favorecido pela pluralidade de candidatos, o prefeito de Rolim de Moura (MDB), Aldo Júlio, provavelmente conseguirá mais um mandato. Além dele, concorrem Carlos Magno Dias (Psol), Cristiane Ortega (MDB), Rafael Godoi (PL) e Luzemir Mota (PT). Partindo do princípio de que, em política, quando há divisão, quem está no poder leva vantagem, Aldo Júlio não deverá ter dificuldades para conseguir um novo mandato.
Os eleitores terão uma semana para decidir em quem votar para prefeito, vice e vereador. Este é um período decisivo que exige responsabilidade dos eleitores, que devem valorizar seu voto, escolhendo candidatos comprometidos com o coletivo, e não com interesses individuais. O voto é obrigatório, secreto e representa o futuro das famílias; por isso, seja seletivo e criterioso na hora de enfrentar as urnas.