Publicada em 13/09/2024 às 09h42
Osmar Prado não conteve a emoção e foi às lágrimas durante o “Conversa com Bial”, da Globo, na quinta-feira, 12. Isso porque o ator relembrou episódios da amizade com Mané Garrincha (1933-1983).
Ao ver as imagens em que aparece ao lado do jogador, em 1971, o artista chorou e revelou um dos maiores arrependimentos de sua vida.
Osmar contou que estava em uma roda conversando quando um jogador, que começou a falar barbaridades para Garrinha, que já estava em declínio na carreira devido a problemas com álcool.
“Tenho um arrependimento muito grande de não ter entrado de sola em um jogador das equipes de baixo que humilhou o Mané. Estávamos conversando e o cara humilhou o Mané na minha frente. O vi sendo humilhado e não fiz nada!”, declarou, aos prantos.
“Eu não tive coragem de dizer: ‘Você não sabe quem é esse homem. Você nunca vai chegar na sola do sapato dele’. O cara ganhou duas Copas! O cara humilhou o Mané e o Mané não reagia. Eu deveria ter falado: ‘Cala sua boca!’ E eu não falei”, lamentou.
Em outro momento do bate-papo, Pedro Bial resgatou alguns personagens de sucesso de Osmar Prado, dentre eles Lobato, alcoólatra e viciado em drogas, na novela “O Clone” (2001). Questionado se já fez uso de alguma droga, o ator confessou ter fumado maconha uma única vez.
“Experimentei maconha e foi uma droga. Estava de carro com Zanone Ferrite e a mulher dele e olha que absurdo! Puxei o fumo e fui cantando Ave-Maria de Gounod no carro. Meu vício é correr”, disse.
Há pouco mais de 10 anos, o artista enfrentou um câncer no pescoço. Já totalmente recuperado, Osmar, que completou 77 anos em 18 de agosto, garantiu não temer a morte. “Acho que não tenho medo de morrer. Morte e vida é face da mesma moeda. Tudo que nasce morre. Tenho medo de sofrer, mas não de morrer”, encerrou.