Publicada em 17/09/2024 às 15h40
O governo da Suécia anunciou um novo incentivo para que migrantes voltem para seus países. A medida oferece 350 mil coroas suecas (cerca de R$ 190 mil) para cada adulto que se voluntariar no programa.
Atualmente, o governo conservador sueco é alinhado ao partido Democratas da Suécia (SD), que apoia o projeto. Segundo comunicado do ministro da Migração, Johan Forssell, o Estado está "tomando novas medidas para reorientar a política de migração".
O país nórdico tem políticas que ajudam imigrantes a se integrar à cultura local. Atualmente, os estrangeiros podem receber até 10 mil coroas (cerca de R$ 5.400) por adulto, e 5.000 coroas (em torno de R$ 2.700) por criança, com um limite de 40 mil coroas (cerca de R$ 21,8 mil) por família.
Durante a entrevista coletiva que apresentou as novas políticas, o deputado Ludvig Aspling (SD) afirmou que "esse auxílio existe desde 1984, mas é pouco conhecido, é mínimo e poucas pessoas o utilizam". Segundo ele, um possível aumento no benefício desse programa poderia atrair centenas de milhares de imigrantes desempregados ou que dependem de auxílios sociais.
Essa também foi a conclusão de um relatório encomendado pelo governo, publicado em agosto, que desaconselhou o aumento acentuado dessa política, já que foi considerada ineficaz monetariamente. Ainda em agosto, o governo anunciou que, pela primeira vez em mais de meio século, o número de pessoas deixando o país deve ser maior que o número de imigrantes em 2024.
Ulf Kristersson, primeiro-ministro sueco, chegou ao poder em 2022 a partir de uma coalizão com o partido SD que também previa um programa voltado para redução significativa da imigração. A Suécia recebe um número relevante de migrantes desde a década de 1990. Os movimentos se deram principalmente a partir de regiões de conflito, como a antiga Iugoslávia, Síria, Afeganistão, Somália, Irã e Iraque.
Na Europa, ainda existem outros países que oferecem subsídio para imigrantes que querem voltar ao seu país original. A Dinamarca paga mais de R$ 84 mil por pessoa, em comparação com cerca de R$ 7.800 na Noruega, R$ 15.700 na França e R$ 11.200 na Alemanha.