Publicada em 22/10/2024 às 15h27
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou nesta terça-feira (22) por telefone com o presidente russo Vladimir Putin.
Até a semana passada, a agenda de Lula previa uma viagem para Kazan, na Rússia, nesta semana para a Cúpula do Brics. E, estando lá, uma reunião bilateral presencial com Putin nesta terça.
No sábado, no entanto, Lula cancelou a viagem internacional após sofrer um acidente doméstico – o presidente caiu no banheiro, bateu a nuca e precisou levar cinco pontos. Com isso, o compromisso acabou sendo trocado por um telefonema.
Lula recebeu a ligação no Palácio da Alvorada, de onde trabalhou nos últimos dias.
"O presidente Putin quis saber do estado de saúde do presidente, e lamentou que ele não pode vir à Cúpula dos Brics, e o presidente Lula também, devido ao acidente sofrido no sábado. E que serão feitos os arranjos para a participação dele na reunião por videoconferência", diz a nota divulgada pelo Palácio do Planalto.
Planalto ainda avalia participação remota de Lula
A reunião de cúpula do Brics começa nesta terça-feira e segue na quarta (22). O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chefia a delegação brasileira na Rússia.
O grupo que reúne países de economia emergente era formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Recentemente foram admitidas as entradas de Arábia Saudita, Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes. Arábia Saudita ainda não aceitou formalmente o convite.
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Cúpula do BRICS sem Lula: Nilson Klava analisa no #JH
Lula ainda não definiu se participará por videconferência das reuniões com os demais líderes dos países, já que o fuso em Kazan é seis horas à frente do horário de Brasília e o presidente segue sob acompanhamento médico.
Na quarta-feira (23), há previsão de reunião por volta das 4h no horário de Brasília – 10h no horário local em Kazan.
Segundo o Itamaraty, o principal tema da cúpula em Kazan é a criação da categoria de "países parceiros" do Brics, um modelo de adesão ao bloco sem as mesmas prerrogativas dos "membros plenos", como é o caso do Brasil.
Não havia previsão de discussões na cúpula a respeito da guerra entre Rússia e Ucrânia, que se arrasta há mais de dois anos. Já a situção no Oriente Médio, onde Israel enfrentao Hamas e o Hezbollah, está na pauta das reuniões.