Publicada em 14/10/2024 às 09h55
A China fez nesta segunda-feira (14) as maiores manobras militares em torno de Taiwan da história, segundo o Ministro da Defesa taiwanês. Pequim usou bombardeiros carregados com municão durante os testes, segundo a TV estatal chinesa.
A manobra faz parte de uma nova leva de exercícios militares que a China anunciou nesta segunda ao redor da ilha — território autônomo que Pequim reivindica como seu.
O Ministério da Defesa de Taiwan disse que 125 aviões militares chineses e 17 navios de guerra foram detectados em torno da ilha nesta manhã. Entre as aeronaves que sobrevoaram o entorno da ilha, estavam "diversos bombardeiros H-6K carregados com munição", de acordo com a CCTV News, TV estatal chinesa.
Segundo o governo chinês, não houve nenhum exercício de fogo real durante a manobra. Também não houve invasão aos espaços aéreo e marítimo de Taiwan, segundo o governo local, mas as manobras inauguram uma nova onda de tensões entre Pequim e Taipei.
Os Estados Unidos e a União Europeia criticaram as manobras. Já a Rússia, aliada da China, enviou seu ministro da Defesa para Pequim nesta segunda, mesmo dia das manobras. O Kremlin não disse se a visita está relacionada com o início da nova leva de exercícios militares.
O governo chinês, que não fazia exercícios militares perto de Taiwan desde o início do ano disse que as manobras desta segunda foram um "aviso" aos "atos separatistas das forças independentes de Taiwan".
"O exercício também serve como um severo aviso aos atos separatistas das forças de independência de Taiwan. É uma operação legítima e necessária para salvaguardar a soberania do estado e a unidade nacional", disse em uma declaração transmitida em chinês e inglês.
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Os exercícios, chamados de Joint Sword-2024B, duraram cerca de cinco horas e "testaram a capacidade operacional" das tropas, informou Pequim. As manobras chinesas ocorreram ao longo do Estreito de Taiwan e no norte, no sul e no leste da ilha.
O Ministério da Defesa de Taiwan chamou os testes de "comportamento irracional e provocativo" e disse que respondeu às manobras com o envio de "forças apropriadas para responder adequadamente a fim de proteger a liberdade e democracia e defender a soberania" de Taiwan
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