Publicada em 02/10/2024 às 09h36
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aguarda os próximos passos no conflito entre Israel e Irã para ter uma avaliação mais precisa dos possíveis impactos da crise entre os dois países no Brasil.
Segundo diplomatas e assessores de Lula, é preciso esperar um pouco para ter uma visão mais clara do que vai acontecer no Oriente Médio.
Dois fatores vão influenciar diretamente no clima na região: como será a reação de Israel e sua intensidade; e como vão se comportar os Estados Unidos, se vão atuar militarmente ao lado de Israel ou vão tentar dissuadir o seu aliado a não responder à altura para evitar uma guerra regional.
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'Chuva de mísseis' é vista nos céus de países Oriente Médio em ataque do Irã contra Israel
Nesta terça-feira (1º), o petróleo chegou a subir 5%, mas depois recuou para uma alta na casa de 3,5%. Nada preocupante para um barril na casa dos US$ 74. E o dólar teve leve alta.
Agora, se o conflito se transformar numa guerra regional, o barril do petróleo pode disparar, o que teria um impacto positivo na balança comercial do Brasil, mas um efeito negativo de gerar mais pressões sobre a inflação, tirando do horizonte uma redução do preço dos combustíveis neste fim de ano.
As declarações do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e do embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, geraram preocupações de que o pior cenário possa acontecer, com o Irã revidando os ataques israelenses.
Por isso, há uma grande expectativa para a reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, convocada para esta quarta (2) para tentar conter os ânimos no Oriente Médio.
Netanyahu disse que o Irã cometeu um grande erro e vai pagar por ele. O embaixador disse que “Israel vai decidir quando e como vai responder, mas serão algo notado e doloroso”.
Se isso ocorrer, haverá uma escalada no conflito, com risco de se tornar numa guerra regional. E o Irã já avisou que irá reagir com ataques mais intensos sobre a infraestrutura israelense.