Publicada em 25/10/2024 às 15h47
Umas vítimas, uma americana de 12 anos, se suicidou. O estudante da Irlanda do Norte aliciava vítimas ao redor do mundo em aplicativos como Snapchat e Instagram, fazendo-as acreditar que estavam conversando com uma adolescente de idade semelhante.
Um homem foi condenado à prisão perpétua, com um mínimo de 20 anos de prisão, após se declarar culpado de 185 acusações de abuso sexual infantil online e mais de 50 de chantagem /,relacionadas aos chamados ataques de catfishing - um dos quais levou ao suicídio de uma menina americana de 12 anos -, na Irlanda do Norte, nesta sexta-feira (25).
O estudante de ciência da computação Alexander McCartney, de 26 anos, aliciava vítimas ao redor do mundo em aplicativos como Snapchat e Instagram, fazendo-as acreditar que estavam conversando online com uma adolescente de idade semelhante.
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Segundo a denúncia, ele então as encorajava a enviar imagens indecentes ou a se envolver em atividade sexual por meio de uma webcam ou telefone celular. Depois, compartilhava o material online com outros e o usava para ameaçá-las.
Ele chegou a forçar suas vítimas a envolver irmãos de até três anos no abuso.
As acusações envolvem crianças entre 10 e 16 anos de todo o mundo e os crimes foram cometidos entre 2013 e 2019.
Uma de suas vítimas, Cimarron Thomas, de 12 anos, de West Virginia, nos Estados Unidos, tirou a própria vida em 2018 com a arma do pai durante contato online com McCartney. Ela foi encontrada por sua irmã de nove anos.
Questionado sobre seus atos no tribunal, o homem se declarou culpado de todas as acusações. Sentou-se com a cabeça baixa enquanto o juiz descrevia seus crimes e levantou-se com os olhos fechados quando a sentença foi anunciada. Ele foi levado algemado para a prisão.
A polícia acredita que até 3.500 crianças foram alvos de McCartney; 64 dispositivos dele foram apreendidos, revelando dezenas de milhares de fotos e vídeos de meninas realizando atos sexuais enquanto eram chantageadas.