Publicada em 24/10/2024 às 09h15
Cabe polarização na eleição municipal de Porto Velho?
Não foi uma, nem duas, mas várias mensagens que recebi de mulheres pedindo para aprofundar a discussão em torno do tema machismo estrutural em eleições. O maior caso de machismo estrutural recente em eleições foi do ex-candidato a prefeito Pablo Marçal (PRTB), que disputava a prefeitura de São Paulo quando, durante um debate, mirou na ex-candidata a prefeita Tabata Amaral (PSB) e disse: “Se mulher votasse em mulher, você ia ganhar no primeiro turno. A mulher não vota em mulher, a mulher é inteligente, ela tem sabedoria, tem experiência”. Depois, Marçal justificou a sua fala para jornalistas que a maioria do eleitorado é feminino, mas não vota e não elege mulheres. Neste caso, é uma alegação simplória dizer apenas que as mulheres não estão em maior número na política porque não votam em mulheres. Quem faz esse tipo de afirmação desconhece as variáveis da nossa herança colonial, o sistema social patriarcal, o machismo, o sexismo e a misoginia. Além disso, os percalços que envolvem a candidatura das mulheres em nosso país. Segundo pesquisas, nunca se falou tanto em misoginia, machismo estrutural e gênero, inclusive como afeta a vida das mulheres no Brasil. Por conseguinte, faz-se necessário rechaçar qualquer fala que provoque desconforto, desvalorização e humilhação à mulher.
Machismo
O machismo estrutural está enraizado nas instituições e estruturas sociais, criando desigualdades de gênero. As mulheres também podem reproduzir atitudes machistas devido à internalização das normas patriarcais que afetam a todos.
Subordinação
A sociedade patriarcal é um sistema social em que os homens detêm a maior parte do poder, mantendo as mulheres em posição de subordinação. Afetando negativamente o convívio em sociedade, pois resulta em discriminação, preconceito e violência de gênero.
Interligados
Machismo, sexismo e misoginia são fenômenos interligados, mas têm significados distintos. Para melhor compreensão, o machismo promove a suposta superioridade masculina, o sexismo discrimina com base no gênero, e a misoginia expressa ódio às mulheres.
Infiel
Os secretários e gestores das autarquias que estão traindo a candidata a prefeita do União Brasil, partido do governador Coronel Marcos Rocha e da candidata Mariana Carvalho, serão os mesmos que trairão Rocha na disputa ao Senado nas eleições de 2026. Quem é ensinado a trair se torna infiel e trai quantas vezes for preciso para permanecer no poder.
Cortá-lo
O deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) virou o garoto propaganda da campanha do candidato a prefeito Léo Moraes (Podemos). A principal motivação é a promessa da vaga de Senado do Podemos para ele enfrentar o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) nas urnas nas eleições de 2026. O problema é Léo fazer com Máximo o que fez com Carlos Magno nas eleições de 2022, ou seja, cortá-lo na convenção e não o deixar ser candidato.
Desculpas
O ex-deputado estadual Jair Montes (Avante) confirmou que foi procurado pelo candidato a prefeito Léo Moraes (Podemos) para apresentar o seu pedido de desculpas devido às palavras ofensivas contra Jair no debate da SIC TV – afiliada da Record, no sábado passado (19). Léo chamou Jair de traficante e sugeriu que ele tenha matado a sua esposa, inverdades contra Jair e todos os envolvidos na Operação Apocalipse.
Apocalipse
Qualquer ser humano inteligente sabe que a Operação Apocalipse realizada pela Draco da Polícia Civil de Rondônia foi visando assassinar a reputação do ex-deputado estadual Hermínio Coelho (Agir), que na época era presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia. Além de outros políticos, empresários e assessores do governador Confúcio Moura (MDB), inclusive eu fui vítima dessa operação e fiquei 53 dias no cárcere político.
Farsa
Até a presente data, delegados da Polícia Civil, em especial da Draco, não conseguiram mostrar para a sociedade rondoniense uma grama sequer de qualquer tipo de droga, muito menos os 15 a 29 mil quilos que eram movimentados mensalmente pela suposta organização criminosa. Não existe filmagem, foto ou flagrante de apreensão de carregamento ou transporte de droga. Pior de tudo é o Ministério Público e o Poder Judiciário endossar essa farsa, levando em consideração “a teoria do fato e convicções” apresentadas pelos delegados e policiais civis nos autos desse processo kafkiano.
Conservadores
A candidata a prefeita Mariana Carvalho (União Brasil), quando se propôs a trazer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Porto Velho no primeiro turno, não foi para polarizar e muito menos nacionalizar a eleição municipal, mas para reafirmar aos eleitores conservadores que o seu candidato a vice-prefeito é o Pastor Valcenir do PL.
Lembrar
Vale lembrar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fechou o segundo turno em Porto Velho nas eleições de 2018 com 166.145 votos (68,94%), enquanto o seu adversário Fernando Haddad (PT) obteve 74.847 votos (31,06%). Nas eleições de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro conquistou 169.299 votos (64,63%) e o presidente Lula 92.636 votos (35,37%).
Progressistas
Observando os dados dos resultados eleitorais para presidente e governador nas eleições de 2018 e 2022, dois terços dos eleitores de Porto Velho votam em candidatos de espectro ideológico de direita. Por sua vez, a capital já teve prefeitos eleitos de partidos progressistas: Jerônimo Santana (MDB), Roberto Sobrinho (PT) e Dr. Mauro Nazif (PSB). O resto da história a grande maioria já conhece.
Camaleão
O candidato a prefeito Léo Moraes (Podemos) não declarou voto abertamente para presidente nas eleições de 2018 e 2022. Essa estratégia de camaleão é conhecida nos bastidores do poder entre políticos que votaram em Lula (PT) para presidente ou para ganhar voto dos dois lados.
Arriscar
Mas o candidato a prefeito Léo Moraes (Podemos) não vai arriscar declarar agora o seu voto para presidente da República nas eleições de 2018 e 2022 depois que recebeu a manifestação de apoio e de voto individual das lideranças do PT de Porto Velho, a exemplo de Sid Orleans, Edson Silveira, Itamar da Cut, Ramon Cujuí e outros.
Estranheza I
Não me causa estranheza esse comportamento do candidato a prefeito Léo Moraes (Podemos) de arriscar ficar ao centro para ganhar o voto da esquerda, extrema-esquerda e parte da extrema-direita que acredita que a candidata Mariana Carvalho (União Brasil) não é de direita.
Estranheza II
Mas o que me causa estranheza é o ex-candidato a prefeito Ramon Cujuí (PT) nas eleições de 2020 declarar voto no candidato a prefeito Léo Moraes (Podemos), com a justificativa de ser um voto contra a candidata Mariana. Mas o mais estranho é a petezada junto e misturado com a extrema-direita de Sofia Andrada (PL) e Chico Holanda (União Brasil) na canoa de Léo.
Tatu
Ontem (23), a jornalista Ivonete Gomes, em discussão em grupo de WhatsApp com o Diretor-Técnico e Operacional da Caerd Lauro Fernandes, disse: “O cara que esburaca Porto Velho vinha aqui dar razão para isso tudo, né? O inimigo de Porto Velho que só faz buraco é o Lauro Tatu, né? Só faz buraco em Porto Velho. O prefeito não pode colocar um asfalto que o Lauro Tatu já está lá fazendo buraco”.
Retrucou
Lauro retrucou a Jornalista Ivonete Gomes com a seguinte mensagem: “Eu fico aqui pensando, como é que uma maluca igual a você é secretária de esporte de Porto Velho? Onde é que estão os caminhões da marquise, rapazes, que passaram por ti despercebidos, hein? É melhor você cuidar do teu time, que o governador sabe muito bem cuidar dele.”
Comportamento
A discussão entre a jornalista Ivonete Gomes e o Diretor Operacional da Caerd Lauro Fernandes, revela o comportamento de traíra de alguns auxiliares do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) nas eleições municipais de Porto Velho. Esse comportamento se repetirá em 2026, repito: quem é ensinado a trair se torna infiel e trai quantas vezes for preciso para permanecer no poder.
Sério
Falando sério, a tomada de consciência das mulheres de participar da política é essencial para despertar o voto em mulheres para conquistar mais espaços em cargos decisórios. Além disso, as mulheres precisam pesquisar e debater os conceitos de misoginia, machismo estrutural e gênero.