Publicada em 22/10/2024 às 15h32
Um bombardeio israelense perto do hospital universitário Rafik Hariri, em Beirute, capital do Líbano, deixou 18 mortos e 60 feridos nesta terça-feira (22), segundo o Ministério da Saúde libanês. O hospital é o principal do Líbano e quatro crianças estão entre as vítimas fatais, ainda de acordo com o órgão.
O Exército israelense confirmou o bombardeio, mas disse que atacou uma estrutura militar do grupo extremista Hezbollah e que seu alvo não era o hospital. Israel disse ainda que foram tomadas medidas prévias para minimizar mortes de civis, como avisos de evacuação.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram também nesta terça que atacaram a base central da unidade naval do Hezbollah, localizada em Beirute, nesta madrugada. Entre os alvos bombardeados estão depósitos de armas, sedes de comando, infraestruturas subterrâneas e equipamentos navais, como embarcações rápidas utilizadas para ataques contra Israel, segundo os militares.
Em contrapartida, o Hezbollah anunciou ter atacado a base de Gillot, unidade de inteligência militar de Israel, que fica localizada nos subúrbios de Tel Aviv, de acordo com a agência de notícias Reuters. Segundo o relato do grupo extremista, o bombardeio foi realizado com uma salva de mísseis. Não havia informação de vítimas até a última atualização desta reportagem.
O Hezbollah disse ter atacado também uma base naval de Israel, que fica a oeste de Haifa, e a área de Nirit, informou a agência.
A troca de agressões ocorre enquanto o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chega ao Oriente Médio para retomar negociações sobre um cessar-fogo na guerra entre Israel e os grupos apoiados pelo Irã, Hamas e Hezbollah.