Publicada em 06/10/2024 às 18h15
Eleições – Em resumo as eleições a prefeito, vice e vereador em Porto Velho foi tranquila. Sempre tem alguma treta entre simpatizantes, puxa-sacos e militantes de candidatos, mas nada que fugisse das rotinas dos pleitos anteriores, talvez pela disponibilidade das redes sociais que informam –e desinformam– com muita rapidez o que acontece no município, no Estado, no País e no mundo. A votação em Rondônia iniciou mais cedo (7h) e encerrou às 16h, uma hora antes de Brasília. Quem votou pela manhã não teve dificuldades e poucos tiveram que esperar em filas. À tarde a movimentação foi maior, mas nada que provocasse tumultos, porque a organização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE)) foi eficiente com o eleitor sendo sempre muito bem atendido, orientado.
Trânsito – Com movimentação moderada tanto na região central como nos bairros, os locais de votação não apresentaram dificuldades para estacionamento nas imediações contribuindo para a o número baixo de acidentes, e, os que ocorreram na capital durante o período de votação apresentaram danos materiais, mas felizmente sem vítimas fatais. O Detran também trabalhou bem acompanhando com regularidade o trânsito na cidade com incursões no centro e bairros priorizando os acessos aos locais de votação. Medida que poderia ocorrer sempre, pois somente a presença de agentes de trânsito, de viaturas do Detran já inibe os abusos provocados, em sua maioria pelos entregadores em suas motocicletas, que ignoram semáforos, não respeitam limites de velocidade e ultrapassam pela direita.
2º turno – As eleições na capital que muitos acreditavam que seriam decididas no primeiro turno terá segundo turno com Mariana Carvalho (UB), que sempre esteve na frente nas pesquisas realizadas pelas empresas especializadas decidirá quem será o sucessor do prefeito Hildon Chaves (PSDB), que está no segundo mandato consecutivo, Leo Moraes (Podemos), que ficou na segunda colocação e agora, como está só, terá que buscar apoio dos demais candidatos que foram derrotados, para ter chances de sucesso no segundo turno, já que Mariana tem fechado com ela, já no primeiro turno, 11 partidos. Resta saber como Leo Moraes trabalhará o apoio a ele com os demais partidos, por exemplo o PT, que estava fechado com Célio Lopes e, nas eleições de 2020 e 2022 somaram de 17% a 22% dos votos válidos em Porto Velho.
2º turno – Caso Léo consiga trazer para sua campanha o grupo de Célio, com oito partidos, inclusive o PT, mais o Rede, de Samuel Costa, o MDB de Euma, e o Solidariedade de Bendito Alves certamente teremos um segundo turno dos mais concorridos no próximo dia 27. Mariana e Leo já foram vereadores em Porto Velho. Leo também passou pela Assembleia Legislativa e Câmara Federal. Mariana de vereadora se elegeu deputada federal. Ambos já disputaram a prefeitura de Porto Velho e foram derrotados. Mariana não chegou ao segundo turno e Leo perdeu no segundo turno para o prefeito Hildon Chaves, em 2016, que conseguiu a reeleição em 2020 e deixará o cargo no final do ano para quem for eleito este ano.
Abstenção – Havia muita preocupação com a ausência de filas enormes nos locais de votação, como ocorreu nas eleições de 2022. Ocorre que nas eleições municipais, como as de hoje, o eleitor vota somente no prefeito e no vereador, são duas operações. Na presidencial é bem mais complicado, pois a votação é no presidente da República, governadores, senadores (em 2026 serão eleitos –ou reeleitos– dois senadores), Câmara Federal e Assembleias Legislativas. São seis operações, quatro a mais, por isso a demora do eleitor na urna eletrônica e as longas filas. No final das apurações teremos a publicação do índice de abstenção, que provavelmente seja acima do esperado, mas certamente não será exagerado.
Respigo
Quem deixou para votar em Porto Velho, após às 14h teve problemas, porque choveu e ventou forte em vários pontos da cidade. Como a movimentação não foi elevada pela manhã, existe a perspectiva de abstenção elevada, apesar de ser uma eleição municipal onde o eleitor vota somente duas vezes: a prefeito e a vereador +++ Eleições municipais geralmente tem maior participação junto aos eleitores, pois o vereador é o grande puxador de votos, pois ele é o parapeito da população. Mas não foi bem isso, que notamos nas eleições de hoje, quando muita gente deixou de comparecer às urnas +++ Até o fechamento da coluna, por volta das 18h, ainda, não tínhamos um posicionamento real da futura composição da câmara de vereadores de Porto Velho. Mas vários, que já se julgavam eleitos ficarão pelo meio do caminho +++ Quem ganhou um mandato na boa é o ex-deputado estadual Eyder Brasil, que é o primeiro suplente do deputado Affonso Cândido (PL), que foi eleito prefeito de Ji-Paraná. Eyder terá mais dois anos na Assembleia Legislativa a partir de 1º de janeiro.