Publicada em 04/11/2024 às 08h50
COLUNA FALANDO SÉRIO: A virada em Ji-Paraná aponta para o cenário de 2026
Prof. Herbert Lins – DRT 1143
04/11/24 – segunda-feira
A sucessão do prefeito Hildon Chaves (PSDB) no Prédio do Relógio dominou as pautas na coluna no primeiro e segundo turno das eleições municipais de 2024. Mas hoje eu vou ao interior, em especial, Ji-Paraná, onde aconteceu uma virada com a vitória do deputado estadual Afonso Cândido (PL), aliado do senador Marcos Rogério (PL), e a derrota do prefeito Isaú Fonseca (União Brasil), que buscava a reeleição e aliado do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil). Isaú contou com o apoio de todo o staff do Palácio Rio Madeira, além do apoio da deputada federal Silvia Cristina (PP), que poderá disputar uma vaga ao Senado Federal nas eleições de 2026. O deputado estadual e prefeito eleito Afonso Cândido (PL) para derrotar Isaú, também contou com o apoio dos deputados estaduais Laerte Gomes e Nim Barroso, ambos do PSD. Neste caso, Ji-Paraná foi palco de um confronto direto entre as forças oposicionistas e situacionistas. Por sua vez, a oposição saiu fortalecida para 2026 para reeleger o senador Marcos Rogério (PL) e apoiar o nome do deputado estadual Laerte Gomes (PSD), que pode ser lançado na disputa ao Governo de Rondônia. Não se engane, o desdobramento da virada de Afonso Cândido revela a importância de Ji-Paraná no pleito eleitoral de 2026.
Oposicionistas
O jogo de poder no território político para as eleições de 2026 já começou. No campo das forças oposicionistas, o PSD conta com dois nomes de peso para disputar o Palácio Rio Madeira. Neste caso, o deputado estadual Laerte Gomes e o prefeito reeleito de Cacoal, Adailton Fúria.
Disputa
O partido União Brasil, que abriga o governador Coronel Marcos Rocha e o vice-governador Sérgio Gonçalves, além dos deputados federais Eurípedes Lebrão, Cristiane Lopes, Mauricio Carvalho e o dissidente Fernando Máximo, além de cinco deputados estaduais, número considerável de prefeitos e vereadores, deverá passar por disputas internas.
Âncora
O Podemos deverá ser o partido âncora do grupo político do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) depois da vitória do prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) por conta da aproximação durante e depois da campanha eleitoral ao Prédio do Relógio. Já o Republicanos conta com o nome do ex-prefeito de Ariquemes e deputado federal Thiago Flores, que pode ser a novidade de 2026.
Reorganizar
Já o PL conta com o nome do senador Jaime Bagatolli. Estranhamente, ele pouco se envolveu nos palanques das eleições municipais. O MDB, PSDB, PP, PDT e PSB precisam reorganizar a casa, caso queiram disputar o Palácio Rio Madeira. Já a Federação PT/PCdoB/PV segue no seu velório para serem enterrados de vez em Rondônia nas eleições de 2026.
Anulado
O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia – TCE/RO, bateu em cima do DETRAN/RO em relação ao Pregão Eletrônico n.º 005/2024/DETRAN-RO (Processo SEI n.º 0010.035663/2023-21) no valor de R$ 5.369.683,22 (cinco milhões, trezentos e sessenta e nove mil, seiscentos e oitenta e três reais e vinte e dois centavos), por sua vez, foi anulado. Tal pregão foi aberto no início da nova gestão do Diretor-Geral Sandro Rocha.
Alterar
Os servidores já estavam trabalhando no processo licitatório da autogestão de combustível e manutenção da frota de veículos do referido órgão, antes de Sandro Rocha, irmão do Governador, Coronel Marcos Rocha (União Brasil), assumir a Direção-geral do DETRAN/RO. Daí a sua equipe resolver alterar o Estudo Técnico Preliminar (ETP) e o Termo de Referência (TR) do gerenciamento de combustível e manutenção da frota de veículos, com a justificativa de assemelhar a órgãos militares.
Identificou
Contudo, mesmo alertado pelos servidores de carreira do órgão, a equipe do Diretor-Geral Sandro Rocha do DETRAN/RO, alterou o ETP e o TR da contratação do gerenciamento de combustível e manutenção da frota de veículos do órgão. O TCE/RO identificou as irregularidades do Edital do Pregão e cancelou a licitação.
Motivos
Quais motivos a equipe do Diretor-Geral do Detran/RO, Sandro Rocha, alterou o ETP e o TR do processo aprontado pelos servidores do órgão? Por que o desejo da contratação da prestação de serviço se assemelha aos órgãos militares? Era direcionamento? As alterações atendiam interesses? Quem ganha e quem perde com o cancelamento do referido Pregão? O espaço está aberto para o contraponto.
Infidelidade
A infidelidade partidária do deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL) no segundo turno das eleições em Porto Velho, causada pelo repúdio publicamente do apoio do PDT à chapa Mariana Carvalho (União Brasil) e Pastor Val (PL), já lhe custou o Diretório Municipal do PL na capital e, possivelmente, sua expulsão da legenda bolsonarista.
Duvidosa
Caro leitor, o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL) subiu no palanque de candidatos a prefeito apoiado pelo PDT em Cerejeiras e Espigão D’Oeste. Não é duvidosa a postura ética e política do deputado em recorrer ao argumento do apoio do PDT para rachar com o candidato a vice-prefeito Pastor Val (PL) na chapa da candidata à prefeita Mariana Carvalho (União Brasil)?
Missa
As forças políticas que formaram a ampla aliança de apoio à ex-candidata à prefeita Mariana Carvalho (União Brasil), forças essas que foram batizadas de “grupão” e “conchavão”, não esperaram nem a missa de sétimo dia da campanha e já abraçaram o prefeito eleito Léo Moraes (Podemos).
Prometeu
Os primeiros a abraçar o prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) foram o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) e a primeira-dama Luana Rocha. O casal recebeu Léo no Palácio Rio Madeira. Em publicação no Instagram depois do encontro, Léo prometeu uma parceria histórica entre a Prefeitura de Porto Velho e o Governo de Rondônia.
Silêncio
Os deputados estaduais Marcelo Cruz (PRTB), Alan Queiroz (Podemos), Edevaldo Neves (PRD), Ribeiro do SINPOL (PRD) e Ieda Chaves (União Brasil), com base eleitoral em Porto Velho, foram mais prudentes e continuam em silêncio em relação à vitória do prefeito eleito Léo Moraes (Podemos).
Aderiram
Os vereadores eleitos no bonde do “conchavão” e do “grupão” já aderiram ao prefeito eleito Léo Moraes (Podemos). Os 23 vereadores eleitos e reeleitos serão base de sustentação do prefeito eleito Léo na Câmara Municipal de Porto Velho no sentido de garantir a governabilidade. A adesão aconteceu na sexta-feira (01), depois o prefeito eleito Léo caiu na balada na boate Nárnia Lounge e, no sábado (02), participou do culto na Igreja Assembleia de Deus ao lado do pastor Valadares e da vice-prefeita Magna dos Anjos.
Boataria
No programa Papo de Redação, o prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) acabou com a boataria de que estaria sendo pressionado pelos vereadores eleitos e reeleitos em relação a cargos comissionados e o fatiamento da Prefeitura de Porto Velho. Léo disse: “Isso não aconteceu. Minha relação com os vereadores é e será muito boa. Vários deles são meus amigos e alguns, como Elis Regina e Marcos Pacele, foram vereadores comigo."
Ferramenta
Em conversa com a coluna, o vereador eleito Dr. Breno Mendes (Avante), mais conhecido como o fiscal do povo, disse que será uma ferramenta em defesa dos consumidores na CMPV. Ele ressaltou a importância de divulgar o CDC e oferecer à população orientação jurídica quanto aos direitos do consumidor.
Sério
Falando sério, o único que aguardou a missa de sétimo dia da campanha da ex-candidata à prefeita Mariana Carvalho (União Brasil) para declarar apoio e aderir à base de sustentação do prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) na CMPV, foi o vereador eleito Pedro Geovar (PP).