Publicada em 27/11/2024 às 10h08
A quebra do sigilo do relatório da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe no Brasil, que detalhou como o grupo envolvido na trama avançou na execução do plano, repercutiu na imprensa internacional desta quarta-feira (27).
A maioria das publicações destacou o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo o relatório da PF, sabia dos planos e teve participação ativa nas ações do grupo envolvido.
Veja, abaixo, alguns destaques:
The Guardian
O jornal britânico "The Guardian" disse que o relatório da PF "pinta um retrato assustador de quão perto uma das maiores democracias do mundo chegou de ser mergulhada novamente em um regime autoritário".
Citando o relatório, a reportagem afirmou que "o Brasil esteve perto de um golpe militar da extrema direita e do assassinato de um juiz do Supremo Tribunal Federal poucos dias antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumir o poder em janeiro de 2023".
El País
Com reportagem de capa, o "El País" destacou a afirmação da PF, no relatório, de que as provas comprovam, de forma inequívoca, a participação de Jair Bolsonaro na trama.
"O objetivo da trama golpista era, segundo a política, impedir que o esquerdista assumisse um terceiro mandato e que Bolsonaro se mantivesse no poder pesando sua derrota nas urnas".
The Washington Post
O norte-americano "The Washington Post" reproduz uma reportagem da agência de notícias Associated Press que diz que o relatório da PF "fornece um primeiro vislumbre de vários depoimentos que descrevem o ex-presidente como um dos principais líderes da conspiração, e não um mero observador".
Clarín
O argentino 'Clarín' detalha as conclusões do relatório e destaca que o documento também afirma que o golpe começou a ser planejado, segundo a PF, três anos antes das eleições de 2022 e que só não ocorreu porque os comandantes do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB) "não cederam às pressões".