Publicada em 14/11/2024 às 10h55
A morte de um homem após uma explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira (13), repercutiu na imprensa internacional. Boa parte dos veículos destacou a proximidade da cúpula do G20, no Rio de Janeiro, que receberá diversos líderes mundiais.
Momentos antes, outras explosões aconteceram em um carro que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. O intervalo entre as explosões nos dois locais foi de 20 segundos. Até a última atualização desta reportagem, o corpo de Francisco Wanderley Luiz não havia sido retirado do local.
No momento do incidente, ocorriam sessões na Câmara e no Senado, que foram suspensas. A sessão do STF já havia terminado, e ministros e servidores foram retirados em segurança. O presidente Lula não estava mais no Planalto — e não houve ordem para evacuar o prédio.
A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar as explosões, que será enviado ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Um inquérito sobre o caso também foi aberto pela Polícia Civil do Distrito Federal.
Veja abaixo a repercussão do caso fora do país:
O jornal "The New York Times", dos Estados Unidos, noticiou que explosões perto do STF deixaram um morto. Segundo o veículo, as autoridades tratavam as explosões em Brasília como obra de um "bombardeio solitário" cometido pelo homem que morreu.
A reportagem afirmou que "muitos brasileiros de direita veem o Supremo Tribunal Federal como uma ameaça à democracia, argumentando que está perseguindo vozes conservadoras".
O veículo também destacou a proximidade da cúpula do G20 no Rio de Janeiro (RJ), que receberá o presidente dos EUA, Joe Biden, e outros líderes mundiais.
'El País', Espanha
O veículo espanhol "El País", da Espanha, destacou que "duas explosões com um morto" colocaram o "coração político do Brasil em alerta máximo". A reportagem também abordou a proximidade da cúpula do G20 e relembrou o ataques de 8 de janeiro.
"Imagens da Praça dos Três Poderes rodaram o mundo quando uma multidão de seguidores do ex-presidente Bolsonaro invadiu à força as sedes do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. Mais de 200 extremistas que participaram do ataque foram julgados e condenados a longas penas por tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes", noticiou.
'Le Monde', França
O jornal "Le Monde", da França, noticiou que as explosões na Praça dos Três Poderes "levantam temores de um ataque contra as instituições".
O veículo destacou que o homem que morreu em frente ao STF era apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro. A reportagem também citou a proximidade da cúpula do G20 no Brasil.
'The Guardian', Reino Unido
A reportagem do jornal inglês "The Guardian" destacou no título a proximidade da cúpula do G20 no Brasil nos próximos dias e afirmou que o caso gera "preocupações de segurança antes da reunião de líderes globais".
'La Nación', Argentina
O jornal argentino "La Nación" noticiou uma "forte operação" após as explosões na Praça dos Três Poderes que deixaram um morto. A reportagem relembrou os ataques de 8 de janeiro, o encontro do G20 e informou também que a "grande questão para os investigadores será determinar os motivos das explosões".
'Al Jazeera', Catar e Oriente Médio
O canal Al Jazeera, do Catar, destacou que uma pessoa morreu depois de explosões relatadas perto do STF e que, após o incidente, os chefes dos poderes mantiveram contato e que funcionários do governo expressaram preocupação.
O veículo também informou que o caso aconteceu às vésperas da chegada de 55 delegações de 40 países diferentes e 15 organizações internacionais para o encontro do G20.
'Deutsche Welle', Alemanha
O jornal alemão "Deutsche Welle" disse que "explosões foram ouvidas do lado de fora do Supremo Tribunal Federal" e que "um homem se matou com uma bomba" após tentar tentar entrar no prédio.
"Nos últimos anos, o Supremo Tribunal Federal se tornou alvo de ameaças de grupos de extrema direita e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro devido aos seus esforços para coibir a disseminação de desinformação", informou.