Publicada em 25/11/2024 às 15h24
Porto Velho, RO – No último sábado (23), o Partido Liberal (PL) de Rondônia realizou um encontro no município de Ji-Paraná com o objetivo de debater diretrizes e estratégias para o fortalecimento da sigla no estado, já visando as eleições de 2026. O evento contou com a presença de senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e demais correligionários, que aproveitaram o momento para discutir ações voltadas ao desenvolvimento do estado.
Durante o encontro, o senador Marcos Rogério destacou a necessidade de um planejamento conjunto para atender às demandas da população rondoniense. "Governar é cuidar, governar é servir as pessoas. Então eu estou fazendo um apelo aos senhores prefeitos, a pauta saúde foi a pauta prioritária no regramento das emendas federais. Antes de pensar em fazer mais asfalto na sua cidade, procure levar uma saúde que atenda dignamente a população, e para isso contem com a bancada federal", afirmou.
O senador também ressaltou o papel do ex-presidente Jair Bolsonaro na destinação de recursos para os municípios durante sua gestão. "Se tem recurso que chega nos municípios hoje do Governo Federal não é por bondade. Quem abriu os cofres pra atender os municípios brasileiros foi aquele discurso de mais Brasil e menos Brasília. Foi o presidente Bolsonaro quem mandou recurso pros municípios", pontuou Marcos Rogério.
Outro destaque do evento foi a fala do senador Jaime Bagattoli, que reforçou o compromisso do partido com as eleições presidenciais de 2026. "Eu acredito muito em Deus, no nosso eterno capitão e eterno presidente Jair Messias Bolsonaro, que será sim o nosso candidato em 2026 à presidência da República", declarou.
Já o deputado federal Coronel Chrisóstomo chamou atenção para o crescimento da direita no Brasil, associando-o à força do PL. "Quando disseram que a direita no Brasil se fortaleceu, sabe qual é a direita que eles falam? É o vinte e dois, é o vinte e dois, senador, é o vinte e dois. Jaime Bagattoli", enfatizou.
O evento também contou com a participação de prefeitos eleitos pelo PL, que receberam as boas-vindas das lideranças partidárias. "Hoje é pra dar boas-vindas aos nossos prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, aos nossos parceiros. E dizer que a bancada do PL vai estar unida ao lado de vocês para que essa família faça as melhores administrações do estado de Rondônia", afirmou Marcos Rogério.
Encerrando as discussões, as lideranças do PL destacaram que o partido continuará promovendo encontros para alinhar ações e estratégias para os próximos anos. "O maior partido do Brasil e o partido que mais cresceu no estado de Rondônia não vai ficar ausente das eleições de 2026. Vamos estar firmes, fortes e unidos pensando Rondônia e pensando nos rondonienses", concluiu Marcos Rogério.
O evento reafirmou o compromisso do PL, que, na visão de seus integrantes, esté em busca de soluções para os problemas reais da população, como saúde e educação, reforçando, ainda, o alinhamento da sigla com os ideais e lideranças do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ignorando a inelegibilidade de Bolsonaro até 2030 e possíveis consequências legais futuras
Embora os representantes do PL em Rondônia tenham reafirmado seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e defendido sua candidatura à presidência em 2026, o discurso não levou em consideração o fato de que Bolsonaro está inelegível até 2030, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o condenou por abuso de poder político nas eleições de 2022.
Segundo informações da CNN Brasil, a inelegibilidade de Bolsonaro pode ser ainda mais extensa caso ele seja condenado pelos crimes aos quais foi recentemente indiciado, incluindo tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Caso as penas máximas desses crimes sejam aplicadas, Bolsonaro pode permanecer inelegível até 2061, quando teria 106 anos.
As penas previstas pelos crimes apontados variam de 3 a 12 anos de prisão, dependendo da tipificação, e a Lei da Ficha Limpa determina que o prazo de inelegibilidade de oito anos começa a ser contado após o cumprimento da pena. Apesar dessas possíveis implicações, nenhuma menção foi feita ao cenário jurídico durante o evento do PL, que manteve o foco na defesa da continuidade política de Bolsonaro e na preparação para as eleições futuras.