Publicada em 13/11/2024 às 15h10
Porto Velho, RO – Durante uma reunião realizada em Brasília, na última terça-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, reforçou seu compromisso com a pavimentação da BR-319, segundo parlamentares do Amazonas. O encontro contou com a presença de senadores, deputados e prefeitos do estado, incluindo o senador Eduardo Braga (MDB) e o deputado federal Saullo Vianna (União Brasil), que relataram os avanços discutidos.
Conforme apontado por Braga, o presidente Lula destacou que, após a conclusão do asfaltamento de um trecho de 52 quilômetros, que já possui licença ambiental, será dado início ao processo de pavimentação dos 400 quilômetros do chamado "Trecho do Meio". Esse trecho é considerado um dos mais desafiadores da rodovia que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM), atravessando uma área de alta preservação na Amazônia.
O senador Eduardo Braga informou que, segundo estimativas técnicas, o governo pretende pavimentar entre 60 a 70 quilômetros por ano. Embora não tenham sido apresentados prazos detalhados, a expectativa é de que o avanço da obra ocorra de forma contínua assim que as licenças necessárias forem obtidas.
O deputado Saullo Vianna, que também esteve presente no encontro, destacou um novo posicionamento da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que anteriormente demonstrava resistência ao projeto de repavimentação. Segundo Vianna, a ministra começa a expressar apoio à obra, que é considerada estratégica para a integração entre os estados da região Norte.
Nas redes sociais, o presidente Lula compartilhou registros do encontro com o prefeito de Manaus, David Almeida, e demais lideranças do Amazonas. Apesar de enfatizar a importância da reunião para o desenvolvimento regional, Lula não mencionou explicitamente a pavimentação da BR-319 em suas publicações.
A pavimentação da BR-319 é um tema que gera debate intenso entre autoridades e especialistas. De um lado, parlamentares e gestores públicos defendem que a recuperação da rodovia é fundamental para o escoamento de produtos e para a mobilidade da população entre Amazonas e Rondônia. De outro, cientistas e ambientalistas expressam preocupação com o potencial impacto ambiental, alertando para um possível aumento no desmatamento na região amazônica.
O trecho que ainda necessita de pavimentação cruza áreas de floresta densa e, por isso, é visto como um ponto sensível para a preservação do bioma.