Publicada em 13/11/2024 às 15h39
Os republicanos do Senado dos EUA elegeram John Thune para liderar a Casa no próximo ano, optando por um veterano e na contramão de uma pressão pública por parte dos trumpistas para escolher um parlamentar mais leal ao presidente eleito.
Ele desbancou o colega Rick Scott, da Flórida, que tinha o apoio de figuras leais a Trump, como Tucker Carlson e Elon Musk. Jonh Coryn, do Texas, também estava na disputa.
A vitória do senador do Dakota do Sul é um sinal de que o Senado poderá manter algum grau de independência em relação a Trump no próximo ano, quando os republicanos vão controlar a Casa Branca e provavelmente ambas as câmaras do Congresso.
Os republicanos terão pelo menos 52 dos 100 assentos do Senado e estão perto de manter a maioria na Câmara dos Representantes, cuja apuração dos votos ainda não terminou.
Thune, 63 anos, é visto como um institucionalista equilibrado e um legislador experiente que mantém relações estreitas com muitos de seus colegas republicanos. Atualmente, ele atua como o segundo republicano da Câmara e sucederá Mitch McConnell, de 82 anos, o líder do partido há mais tempo no cargo na história do Senado. Ele foi eleito pela primeira vez para o Senado em 2004.
Posição de Trump
Trump não chegou a apoiar abertamente um cadidato na disputa, mas pediu que o próximo líder da maioria no Senado lhe desse margem para contornar o processo usual de audiências e votos para aprovar os nomeados para seu gabinete.
Alguns dos apoiadores de Trump expressaram preocupações de que Thune e Cornyn, muito próximos a McConnell, poderiam não querer cumprir algumas das promessas de campanha de Trump.
Ambos serviram durante duas décadas e ajudaram a eleger outros republicanos, muito antes de Trump centralizar partido em torno de si. Scott, eleito pela primeira vez em 2018, é um conservador linha-dura que já foi governador da Flórida por dois mandatos.