Publicada em 21/11/2024 às 10h36
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou nesta quarta-feira (20) o ex-procurador-geral interino Matt Whitaker para o cargo de embaixador dos EUA na Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Havia expectativa para quem Trump nomearia para o cargo, já que, durante seu primeiro mandato e ao longo da campanha eleitoral, o republicano criticou o papel da Otan, a aliança militar do Ocidente, e até ameaçou retirar os EUA do grupo caso outros sócios não investissem mais em gastos militares.
Em declaração após anunciar o nome de Matt Whitaker, Trump disse que o ex-procurador-geral é "um guerreiro forte e um patriota leal" que "garantirá que os interesses dos Estados Unidos sejam avançados e defendidos" e "fortalecerá as relações com nossos aliados da Otan e permanecerá firme diante das ameaças à paz e à estabilidade".
A escolha de Whitaker como representante da nação na aliança militar não segue o protocolo do cargo — normalmente, o embaixador na Otan já tem experiência com política externa. O escolhido é advogado e sem experiência em relações internacionais.
Matt Whitaker foi procurador dos EUA em Iowa e serviu como procurador-geral interino entre novembro de 2018 e fevereiro de 2019, substituindo o titular, Jeff Sessions. Sessions foi demitido do cargo após decidir se retirar de uma investigação que apurou a ingerência da participação da Rússia nas eleições dos EUA em 2016.
Whitaker ocupou o cargo até que William Barr foi confirmado como procurador-geral em fevereiro de 2019.
O futubro embaixador dos EUA na ONU tem sido um crítico implacável dos processos criminais federais contra Trump. Usou aparições regulares na Fox News para se juntar a outros republicanos na condenação do que eles alegam ser a politização do Departamento de Justiça nos últimos quatro anos.